quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Como seria o Brasil sem o PT e sem os nossos governos?



Tenho a convicção de que nosso partido reúne todas as condições para retomar sua trajetória original, evidentemente que num período histórico distinto daquele da sua fundação e de seus primeiros anos.

O PT nasceu sob o signo da mudança.

Nossos governos aceleraram, como nunca, mudanças sociais profundas no País.

O Brasil mudou, em vários sentidos, graças à existência do PT. Como diz o presidente Lula, como seria o Brasil sem o PT e sem os nossos governos?

Agora, o partido defronta-se com vários desafios, muitos deles originários de transformações que nós mesmos provocamos e conduzimos.

Compreender o sentido profundo dessas mudanças é fundamental para que o PT possa continuar sendo um protagonista da maior relevância nesta conjuntura.


Trechos do discurso do Presidente Rui falcão na abertura do 5º Congresso Nacional do PT


Fonte: http://www.pt.org.br/noticias/view/5_congresso_discurso_de_posse_do_presidente_nacional_do_pt_rui_falcaeo#sthash.TXSFeWXz.dpuf

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Um Brasil que não abre mão de realizar o sonho de ter um povo forte e feliz.



Um Brasil que não desiste nunca; um Brasil que não abre mão de realizar o sonho de ter um povo forte e feliz.

Ninguém pode se arvorar no direito de nos dar lição de ética!
Ninguém pode se arvorar no direito de nos ensinar qual o verdadeiro sentido da política!

Ninguém pode se arvorar no direito de nos ensinar o que significa justiça social!

Mas nós, sim, podemos e devemos dar uma lição permanente, a nós mesmos, de renovação, autocrítica e de avanço.

Esta é uma tarefa permanente de todo partido democrático, e esta é uma tarefa que se torna ainda mais prioritária neste momento de grandes resultados, e de grandes desafios, vividos pelo Brasil e pelo PT.

Trechos do discurso do Presidente Rui falcão na abertura do 5º Congresso Nacional do PT


Fonte: http://www.pt.org.br/noticias/view/5_congresso_discurso_de_posse_do_presidente_nacional_do_pt_rui_falcaeo#sthash.TXSFeWXz.dpuf

O PT possui vivos e atuantes, em suas fileiras, milhões de personagens honrados e heroicos, que não abandonarão jamais nossos princípios



Nada mais feliz, simbólico e auspicioso que a posse dos novos dirigentes do PT ocorra, simultaneamente, com a fase preliminar do nosso 5º Congresso, muito apropriadamente batizado de Luis Gushiken e Marcelo Déda.

Um momento profundo de reflexão, de reafirmação de rumo e renovação de propostas.

Nada mais oportuno que tudo isso ocorra quando as vozes reacionárias de sempre reincidem no propósito, senão de destruir o que é indestrutível, mas de tentar, pela força da mentira e da mistificação, diminuir o nosso papel e manchar a nossa imagem.

À fragilidade de suas mentiras, respondamos com a força dos nossos argumentos. Respondamos com a contundência simbólica do testemunho inscrito como epígrafe deste congresso: “Nossos valores são eternos”.

E com a prova demolidora de que um partido, que já tem no seu panteão figuras da dimensão de um Gushiken e de um Deda, possui vivos e atuantes, em suas fileiras, milhões de personagens honrados e heroicos, que não abandonarão jamais nossos princípios, e nunca desistirão do compromisso de construir um Brasil para todos os brasileiros.

Trechos do discurso do Presidente Rui falcão na abertura do 5º Congresso Nacional do PT


Fonte: http://www.pt.org.br/noticias/view/5_congresso_discurso_de_posse_do_presidente_nacional_do_pt_rui_falcaeo#sthash.TXSFeWXz.dpuf

Vivemos um momento incomum de esperanças e desafios



Companheiras e Companheiros,

Belos são os tempos quando podemos dizer que não vivemos um tempo comum.
Belas são as horas que têm o duplo poder de embalar nossas esperanças e de encorajar a vencer imensos desafios.
Únicos são os momentos que nos concedem o arrebatamento do sonho, sem tréguas e sem medo.

Este é o momento que o Brasil vive.
Este é o momento que vive o nosso grande e glorioso – Partido dos Trabalhadores.

Este é o momento no qual, humildemente, me inscrevo como cidadão, como militante e como agradecido presidente partidário.
Um presidente reeleito com maioria tão expressiva, que sente sobre seus ombros o peso de uma enorme responsabilidade.

Por isso, como cidadão brasileiro e como presidente eleito do mais vibrante e atuante partido de massas já nascido neste país, só posso começar este discurso com um sincero e profundo agradecimento.

Trechos do discurso do Presidente Rui falcão na abertura do 5º Congresso Nacional do PT


Fonte: http://www.pt.org.br/noticias/view/5_congresso_discurso_de_posse_do_presidente_nacional_do_pt_rui_falcaeo#sthash.TXSFeWXz.dpuf

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A taxa de desemprego entre jovens, em alguns países da Europa, passa de 50%


Como se narcotizados pela ilusão do poder eterno, desperdiçamos uma conjuntura internacional, em que europeus conflagram seus países protestando contra a perda de direitos, de empregos e de perspectivas para uma juventude sem perspectivas de futuro em seus países, onde as taxas de desemprego entre jovens passa de 50%.

Em que pesem a estabilidade econômica, a situação de pleno emprego e quase erradicação da miséria absoluta, vimos a exposição de nossas bandeiras históricas furiosamente expostas como antagonismo em relação à liderança petista na condução do País.

Nesse atual momento político, é preciso um partido forte, que dê conta de apresentar um balanço positivo dos avanços conquistados pela classe trabalhadora durante os governos de Lula, que tenha capacidade de diálogo com os movimentos sociais, que seja impulsionador da disputa do legado no avanço da qualidade de vida da classe trabalhadora.


Extraído da tese – PT mais forte – apresentada no último PED

Os capitalistas querem se apoderar do estado para pagar a conta de suas crises



Não se trata de falar em refundação ou reinvenção do PT. O sufixo “re” pode soar agradável aos ouvidos da burguesia e servem bem ao gosto dos analistas da imprensa conservadora.

Ávidos por propagar esses conceitos, quando ditos por parlamentares e quadros de expressão nacional, tais analistas se servem de declarações desse tipo para acentuar nossas contradições e jogar-nos na vala comum dos partidos da ordem.

Mais do que riscos à imagem pública do PT, o “re” abre caminho para uma marcha à ré em termos programáticos e esgarçar nossas relações históricas com os movimentos sociais.

Em meio à sua maior crise, o capitalismo global recorre ao cobertor estatal para pagar a conta pelo desequilíbrio de um sistema insustentável. Com isso, deixa populações descobertas e, literalmente, ao relento.

A burocratização do partido asfixia uma militância que deveria estar oxigenada e bem formada para travar o bom combate.

 Perdemos, até aqui, a melhor oportunidade que já tivemos para disputar a hegemonia a partir das contradições do capitalismo expostas em suas vísceras, seja nos estados Unidos, seja na União Europeia.


Extraído da tese – PT mais forte – apresentada no último PED

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Os riscos da incorporação ao Estado burguês



O sucesso dos programas sociais de transferência de renda e o êxito na condução da política econômica, geraram uma zona de conforto potencialmente perigosa para um partido nascido das lutas populares.

A incorporação ao Estado burguês arrefece a disposição para transformar estruturalmente a sociedade e a institucionalização do partido em detrimento da sua vocação militante faz o PT envelhecer junto com os melhores e mais experimentados quadros dirigentes.

 A renúncia aos pressupostos ideológicos que levaram à fundação do partido e o recuo quase envergonhado no debate sobre o socialismo, estão a corroer a credibilidade junto ao povo brasileiro – especialmente no seio da juventude que passa a considerar outras opções, como o autonomismo simplista ou o esquerdismo, sempre muito próximo da direita atualmente sem rumo.

O calor das ruas, aquecidas por uma juventude que recoloca vários elementos da nossa pauta histórica, mas rejeita, em grande medida, partidos e organizações, mostra o perigo do ar condicionado dos gabinetes para a nossa saúde e vitalidade política.

Em última instância, tal acomodação pela sedução da vida institucional, diminui a nossa importância e compromete o nosso reconhecimento junto à classe trabalhadora como seu principal instrumento de luta por mudanças estruturais.


Extraído da tese – PT mais forte – apresentada no último PED

A reflexão crítica – e autocrítica – uma necessidade para o PT

Se, em dado momento da nossa história, amornar o debate interno foi o caminho trilhado para, circunstancialmente, contornar dificuldades políticas, absorver tal procedimento como método constitui gravíssimo equívoco.

A institucionalização do partido, a quase anulação das instâncias de protagonismo militante e o progressivo distanciamento dos movimentos sociais resultaram na perplexidade geral diante das manifestações de rua que acontecem desde junho.

A oferta de efetivo da Força Nacional de Segurança ao governo tucano de São Paulo para recrudescer a repressão violenta às manifestações, foi o fato mais emblemático da perda do norte político e constitui prova irrefutável do encerramento de um ciclo que, se não for superado, coloca em risco as conquistas sociais de dez anos de governos petistas e a possibilidade real de seguir avançando.


Extraído da tese – PT mais forte – apresentada no último PED

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E O SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO: BASES PARA A TRANSFORMAÇÃO QUE QUEREMOS


A Constituição da República Federativa do Brasil, no seu Capítulo III, Seção I, estabelece que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Para a efetividade do diálogo que se inicia com a presente reflexão, quero destacar no texto acima dois aspectos que se relacionam mais diretamente ao tema deste nosso debate: a educação como direito de todos e dever do estado e a participação da sociedade nos processos relacionados à oferta desta educação.

O destaque deve-se ao teor da conversa que teremos, a partir deste texto, com nossos companheiros educadores, pais, estudantes e todos aqueles que militam em seus bairros, locais de trabalho, na sua família e também através dos meios digitais por uma causa que interessa a todas as brasileiras e a todos os brasileiros: a educação do nosso povo.

Na intenção de contribuir para a instalação de um debate que contemple as opiniões diversas e que proporcione elementos para a construção de um mandato comprometido com a causa da educação, serão produzidos 4 textos que versarão sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) e o Sistema nacional de Educação (SNE). O primeiro texto, este que apresento agora, busca situar a militância na proposta apresentada pelos dois instrumentos citados acima (PNE e SNE), informar sobre o andamento da tramitação do Projeto de Lei do PNE, atualmente no Senado Federal, e dar início ao debate. Em seguida, virão mais 3 textos que aprofundarão um pouco mais o tema: o primeiro tratará da valorização dos profissionais da educação; o segundo, do acesso e permanência das crianças e jovens na educação e o terceiro tratará do financiamento da educação.

O PNE e o SNE são fruto dos anseios dos movimentos sociais e do povo brasileiro que, de forma engajada ou não, manifestou, ao longo dos anos, o desejo de poder interferir mais efetivamente na elaboração e efetivação das políticas públicas e das decisões que se relacionam à educação no Brasil. Este desejo foi ouvido pelo governo federal quando, no governo Lula, foi realizada a 1ª Conferência Nacional de Educação – CONAE, em 2010, o que agregou, em torno da elaboração coletiva de propostas, 450 mil delegados e delegadas eleitos democraticamente nas instâncias municipal, regional e estadual, por 3,5 milhões de pessoas, o que representa quase 2% da população brasileira.

O grande envolvimento e a importante contribuição da população brasileira para a educação através desta primeira CONAE desencadeou a construção, pelo Ministério da Educação – MEC, do texto do PNE, que foi enviado pelo governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010 e que, sendo alvo de disputas diversas que envolvem os interesses da comunidade, os setores privados, o terceiro setor, entre outras forças, tramita ainda hoje, em 2013, sem ter tido sua aprovação efetivada e nem a sua implementação realizada.

O PNE e o SNE relacionam-se na medida em que ambos buscarão propiciar a oferta de educação de qualidade aos brasileiros e às brasileiras, democratizando o acesso à educação em todos os níveis. Enquanto o PNE estabelece 10 diretrizes e 20 metas para a educação nacional, relacionadas à qualidade, à universalização do atendimento, à gestão democrática, à produção científica e cultural brasileiras, entre outras importantes questões, o SNE busca efetivar estas diretrizes e metas através do reforço ao regime de colaboração entre os entes federados e a melhoria dos processos de transferência de recursos, responsabilizando-se pela efetivação da política nacional de educação. Previsto para votação no próximo dia 11/12/13, o PNE foi aprovado na Comissão de Educação do Senado no dia 27/11, e, caso aprovado, retornará á Câmara para aprovação.

Nesse sentido, pretendemos dialogar com toda a comunidade a respeito do que representa o PNE para a educação brasileira, e em especial a educação baiana. Precisamos construir juntos as formas de implementação dos avanços que certamente virão através deste importante instrumento de gestão e de democratização do acesso à educação, garantindo que estes avanços tenham o acompanhamento, a ajuda e o monitoramento da comunidade.

Mais investimentos em educação, mais vagas, mais remuneração para os profissionais da educação, mais qualidade, mais recursos pedagógicos, mais tecnologia, mais livros, mais educação de qualidade às crianças e jovens do Brasil, que hoje iniciam sua jornada de construção dos conhecimentos sobre o mundo e que, com certeza, serão muito mais bem atendidos pela escola do que as gerações anteriores o foram. Para tanto, nossa participação é fundamental. 


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A reflexão crítica – e autocrítica – uma necessidade para o PT


Nascemos, crescemos e conquistamos governos sob a marca da diversidade e do exercício permanente do contraditório.

Nunca antes, na história do PT, foi tão importante reafirmar esta característica como nosso maior diferencial em relação aos demais partidos. O que está em jogo não é apenas as eleições gerais de 2014.

Está em jogo não apenas o legado de dez anos de governo, mas as lágrimas, o suor e o sangue derramados em 33 anos de construção de um dos maiores partidos de esquerda do mundo.

Em tributo a esta monumental construção coletiva, e compreendendo o papel do PT nos próximos 30 anos, mais do que nunca é necessário debater erros, acertos e os desafios colocados pela complexa conjuntura.

Sem medo de ser feliz, reivindicamos o debate franco e profundo com a nossa militância. Mais do que nunca, um debate necessário. O congresso nacional e estadual de nosso Partido está com esta responsabilidade.


Adaptação extraída da tese – PT mais forte – apresentada no último PED

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Além de Zé Dirceu e Genoíno, temos mais presos políticos no Brasil

“Preso político é Rafael Braga Vieira, 26 anos, catador de latas, morador de rua, negro. Ele foi preso em 20 de junho, durante uma manifestação na Avenida Presidente Vargas, no Rio. Já tinha sido preso por roubo em duas outras ocasiões e cumprido as penas completas.
Desta vez, está encarcerado, sem julgamento, há cinco meses no presídio de Japeri. Seu crime: carregar uma garrafa de Pinho Sol e outra de água sanitária. E uma vassoura, mas esta não foi considerada suspeita.
Seu caso foi relatado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.”
Trechos da coluna de Eliane Brum em El País

Amarildo – Um mártir político de nossa democracia

“Mártir político é Amarildo de Souza. Favelado, negro, analfabeto, 43 anos, o ajudante de pedreiro conhecido como “boi” pela sua capacidade de carregar sacas de cimento desapareceu em 14 de julho ao ser levado a uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Amarildo, o homem comum vítima da política de criminalizar, torturar e executar os pobres. Uma política que atravessa a história do Brasil, persiste na redemocratização e se manteve nos governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma.
Não era o primeiro a desaparecer depois de entrar num posto policial, não foi o último. Mas, pela primeira vez, um homem comum, carregando em si todas as marcas da abissal desigualdade do Brasil, foi reconhecido como um desaparecido político da democracia, lugar destinado a ele pela convulsão das ruas. Esta pode ter sido a maior transformação colocada em curso pelos protestos.”
Trechos da coluna de Eliana Brum em El País
Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2013/11/25/opinion/1385417332_769557.html

O HOMEM É CAPAZ

O homem pode levar a agricultura ao mar. O homem pode criar vegetais que vivam com água salgada. A força da humanidade se concentra no essencial. É incomensurável. Ali estão as mais portentosas fontes de energia. Que sabemos da fotossíntese? Quase nada. A energia no mundo sobra se trabalharmos para usá-la com ela.
É possível extirpar toda a indigência do planeta. É possível criar estabilidade e será possível às gerações futuras, se lograrmos começar a pensar como espécie e não só como indivíduo, levar a vida à galaxia e seguir com esse sonho conquistador que nós, seres humanos, levamos em nossos genes.
Mas para que todos esses sonhos sejam possíveis, necessitamos governarmos a nós mesmos ou sucumbiremos porque não somos capazes de estar à altura da civilização que fomos desenvolvendo.
Este é nosso dilema. Não nos entretenhamos apenas remendando consequências. Pensemos nas causas de fundo, na civilização do desperdício, na civilização do use-tire que o que está tirando é tempo da vida humana mal gasto, derrotando questões inúteis.

Pensem que a vida humana é um milagre. Que estamos vivos por milagre e nada vale mais do que a vida. E que nosso dever biológico acima de todas as coisas é respeitar a vida e impulsioná-la, cuidar dela, procriá-la e entender que a espécie é a nossa gente.
Trechos do Presidente Uruguaio Pepe Mujica, na assembléia geral da ONU

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A BOMBA DE 100 ANOS

Há poucos dias fizeram ali, na Califórnia, em um corpo de bombeiros, uma homenagem a uma bombinha elétrica que há 100 anos está ligada. Cem anos que está ligada, amigo!
Quantos milhões de dólares nos tiraram do bolso fazendo deliberadamente porcarias para que as pessoas comprem, comprem e comprem.
Mas esta globalização de olhar para todo o planeta e por toda a vida significa uma mudança cultural brutal. É o que nos está requerendo a história.
Toda a base material mudou e oscilou, e os homens, com nossa cultura, permanecemos como se não houvesse ocorrido nada e em lugar de governar a civilização, esta é que nos governa.
Há mais de 20 anos que discutíamos a humilde taxa Tobin. Impossível aplicá-la ao nível do planeta. Todos os bancos do poder financeiro se levantam feridos em sua propriedade privada e que sei lá eu quantas coisas mais.
No entanto, isso é o paradoxal. No entanto, com talento, com trabalho coletivo, com ciência, o homem passo a passo é capaz de transformar em verde os desertos.
Trechos do Presidente Uruguaio Pepe Mujica, na assembléia geral da ONU

AS SOLIDÕES DA GUERRA

Até que o homem não saia desta pré-história e arquive a guerra como recurso quando a política fracassa, essa é a longa marcha e o desafio que temos por diante. E o dizemos com conhecimento de causa. Conhecemos as tristezas da guerra.

No entanto, esses sonhos, esses desafios que estão no horizonte implica lutar por uma agenda de acordos mundiais que comecem a governar nossa história e superar passo a passo, as ameaças à vida. A espécie como tal, deveria existir um governo para a humanidade que supere o individualismo e lute por recriar cabeças políticas que trilhe o caminho da ciência e não apenas aos interesses imediatos que não estão governando e afogando.
Paralelamente temos que entender que os indigentes do mundo não são da África ou da América Latina, são de toda a humanidade e esta deve como tal, globalizada, tender a empenhar-se em seu desenvolvimento, para que possam viver com decência por conta própria. Os recursos necessários existem, estão nesse desperdício depredador de nossa civilização.
Trechos do Presidente Uruguaio Pepe Mujica, na assembléia geral da ONU

NOSSO PEQUENO EXEMPLO

A ONU, nossa ONU definha, se burocratiza por falta de poder e de autonomia, de reconhecimento e sobretudo de democracia em direção aos mais fracos que constituem a maioria absoluta do planeta. 
Dou um pequeno exemplo, pequenino. Nosso pequeno país tem em termos absolutos, a maior quantidade de soldados em missões de paz dos países da América Latina espalhados pelo mundo. E lá estamos, onde nos pedem que estejamos.
Mas somos pequenos, fracos. Onde se repartem os recursos e se tomam as decisões, não entramos nem para servir o café. 
No mais profundo de nosso coração, existe um enorme anseio de ajudar para que o homem saia da pré-história. Eu defino que o homem enquanto viva em clima de guerra, está na pré-história, apesar dos muitos artefatos que possa construir.
Trechos do Presidente Uruguaio Pepe Mujica, na assembléia geral da ONU

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Trechos do Presidente Uruguaio Pepe Mujica, na assembléia geral da ONU


As instituições mundiais, particularmente hoje, vegetam à sombra consentida das dissidências das grandes nações que, obviamente, querem reter sua cota de poder.

Bloqueiam esta ONU que foi criada com uma esperança e como um sonho de paz para a humanidade. Mas, pior ainda, desarraigam-na da democracia no sentido planetário porque não somos iguais.

Não podemos ser iguais nesse mundo onde há mais fortes e mais fracos. Portanto, é uma democracia ferida e está cerceando a história de um possível acordo mundial de paz, militante, combativo e verdadeiramente existente.

E, então, remendamos doenças ali onde há eclosão, tudo como agrada a algumas das grandes potências. Os demais olham de longe. Não existimos.


Trechos do Presidente Uruguaio Pepe Mujica, na assembléia geral da ONU


Ouçam bem, queridos amigos: em cada minuto no mundo se gastam US$ 2 milhões em ações militares nesta terra. Dois milhões de dólares por minuto em inteligência militar!!

Em investigação médica, de todas as enfermidades que avançaram enormemente, cuja cura dá às pessoas uns anos a mais de vida, a investigação cobre apenas a quinta parte da investigação militar.

Este processo, do qual não podemos sair, é cego. Assegura ódio e fanatismo, desconfiança, fonte de novas guerras e, isso também, esbanjamento de fortunas. Eu sei que é muito fácil, poeticamente, autocriticarmo-nos pessoalmente. E creio que seria uma inocência neste mundo afirmar que há recursos para economizar e gastar em outras coisas úteis.

Isso seria possível, novamente, se fôssemos capazes de exercitar acordos mundiais e prevenções mundiais de políticas planetárias que nos garantissem a paz e que a dessem para os mais fracos, garantia que não temos. Aí haveria enormes recursos para deslocar e solucionar as maiores vergonhas que pairam sobre a Terra.

Mas basta uma pergunta: nesta humanidade, hoje, onde se iria sem a existência dessas garantias planetárias? Então cada qual esconde armas de acordo com sua magnitude, e aqui estamos, porque não podemos raciocinar como espécie, apenas como indivíduos.