quinta-feira, 5 de junho de 2014




Segundo Marilena Chauí

"O caráter socialista de nosso partido sempre vai incomodar as elites brasileiras. Por não ser um partido da ordem, qualquer posição tomada pelo PT vai ser sempre criticada. 

Ora é um partido totalitário, centralizador, ora um partido sempre em crise por causa da multiplicidade de tendências internas. 

Como um partido totalitário pode ter várias tendências internas? 

Outras vezes é um partido arcaico, porque não faz alianças, outras vezes é um partido oportunista, porque faz alianças. 

Se afirma sua relação com o movimento sindical, é corporativo, se se distancia, está traindo suas origens. 

Se afirma sua relação com os movimentos populares, é basista; se toma distância e se dirige à população desorganizada, é populista. 

Se exige mudança nos hábitos políticos, em nome da moralidade pública, é principista, moralista, ingênuo, não entende que há “zonas cinzentas” na política; se adota os hábitos políticos vigentes, é o mais corrupto de todos os partidos."

Portanto, adotar uma política de equilíbrio é sempre difícil, e ela só será bem sucedida se cada vez mais avançarmos na consolidação da democracia interna do nosso partido, modernizando a estrutura partidária, tornando o PT transparente, democrático e de massas.
Boa parte das decisões inadequadas não significam condutas não aceitas do ponto de vista ético. É preciso ter cuidado com a hipocrisia das classes dominantes e de seus aparelhos ideológicos que buscam sempre acentuar os erros do nosso partido, que como construção humana não está imune aos erros. Ocorre que nossos adversários de classe não tratam com o mesmo rigor os políticos ligados à classe dominante. 

#PolíticaSolidária




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