terça-feira, 30 de dezembro de 2014

As relações tensas entre o Brasil e os EUA desde os tempos do império (Parte 2)




O Reino do Brasil separou-se de Portugal dia 7/9/1822. A posição dos EUA, ao contrário do que se difundiu, não foi de pronto reconhecimento da independência.

Em 1824, o imperador Dom Pedro I nomeara José Silvestre Rebelo como Encargado de Negócios e Ministro Plenipotenciário em Washington. O Secretário de Estado, John Quincy Adams, recebeu-o, depois de muita relutância, mas não quis reconhecer o Brasil como Estado independente, argumentando que muita gente, sobretudo na província de Pernambuco, opunha-se ao governo monárquico. (8) E só depois de algum tempo, o presidente James Monroe concordou com recebê-lo em audiência - gesto que foi interpretado como o reconhecimento da independência do Brasil.

Mas Condy Raguet, o cônsul que representava os EUA no Rio de Janeiro, não aceitou essa interpretação. Cinco meses depois da audiência, não recebera ainda qualquer documento de Washington, o que indicava cautela e dúvidas no comportamento dos EUA e demostrava que a audiência concedida a Silvestre Rebelo significava apenas uma "tendência" para lançar as bases de um intercâmbio de opiniões. (9) A euforia dos primeiros momentos transformou-se em desconfiança.

Só depois que outra insurreição foi sufocada em Pernambuco, também alimentada por homens de negócios norte-americanos, é que, dia 9 de março de 1825, foi designado Condy Raguet, para o posto de Encarregado de Negócios. E mesmo assim ainda se passaram mais oito meses, até que Washington enviasse suas credenciais, o que só aconteceu depois que Portugal reconheceu a separação do Reino do Brasil.

Em 29/10/1825, cerca de três anos depois da proclamação da independência, Condy Raguet apresentou-se ao Imperador D. Pedro I, oficialmente, como encarregado de Negócios dos EUA.
 
(8) Ofício de Silvestre Rebelo a Luís José de Carvalho e Melo, Ministro dos Negócio Estrangeiros. Arquivo Diplomático da Independência, vol. V, p. 103.
(9) Despatch, Condy Raguet a John Quincy Adams, Rio de Janeiro, 5.10.1824, in MANNING, William R. - Diplomatic Correspondence of the United States concerning the Independence of Brazil of Latin-American Nations. Oxford University Press, 1925, p. 807.
 
Luiz Alberto Moniz Bandeira (redigido em esp.), s/d, La onda digital, n.702, Uruguai
http://www.laondadigital.uy/archivos/4262 (traduzido e publicado pelo Pravda - http://port.pravda.ru/cplp/brasil/28-12-2014/37805-eua_brasil-0/)
 
 
 

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

As relações tensas entre o Brasil e os EUA desde os tempos do império (Parte 1)




Ao largo da história, os brasileiros, de modo geral, tiveram sempre uma percepção bastante negativa dos Estados Unidos. Em 1817, quando o Brasil ainda era Reino Unido a Portugal, houve uma insurreição, animada em grande medida por comerciantes americanos, visando a implantar uma república na província de Pernambuco, ou seja, para "introduzir no Brasil o plano de Washington" (1), e não foi só pretensão, sem fundamento e implausível. A sedição realmente tinha conexões com os EUA.
O comerciante norte-americano Joseph Bryan, comerciante em Recife, capital de Pernambuco, participou de fato da conspiração, juntamente com seu sócio, Joseph Ray, que vivia na Filadélfia, e pouco depois do levante, dia 28 de março de 1817, partiu a bordo do navio norte-americano "Gipsy", levando Antonio Gonçalves da Cruz, apelido "Cabugá", com a missão de fazer uma aliança com os Estados Unidos, mesmo sem o reconhecimento do governo revolucionário, e para comprar armas e munição de boca. (2) Em Washington, Cabugá teve encontros com Cæsar Rodney, "confidente de gabinete", com o presidente do Banco dos Estados Unidos, William Jones, e com o Secretário de Estado, Richard Rush, que não só reconheceu tacitamente a beligerância em Pernambuco como até admitiu a possibilidade de mandar uma força naval par a costa do Brasil, com a finalidade de proteger o seu comércio. (3)

Os rumores de que os Estados Unidos ajudariam a revolução em Pernambuco difundiram-se então de tal forma, que o Conde dos Arcos, governador da Bahia e encarregado da repressão, teve de emitir comunicado, para assegurar, sob "palavra de honra, que os Estados Unidos (...) com certeza absoluta não enviariam soldados seus para facilitar crimes horrorosos". (4) Com efeito, os Estados Unidos nada fizeram. O intento de estabelecer uma república em Pernambuco foi sufocado, e o padre Francisco Muniz Tavares, participante do movimento e seu historiador, comentou: "O espírito de esta nação é tão mercantil. E mercadores são avarentos". (5) Segundo, depois, observou, o governo dos Estados Unidos saudaria "os oprimidos que esmagarão os opressores, porque tem certeza de que mais ganhará no comércio". Mas, se os oprimidos não mostram coragem alguma, o governo dos EUA, sim, partiriam a caminho das outras nações.

"O temor do comprometimento logo os tornará surdos e nem alguma ajuda oferecerão" - acrescentou o padre Muniz Tavares. (6) O próprio Antonio Gonçalves da Cruz, que desde a insurreição de 1817 vivia nos EUA, escreveu, em 1823, a José Bonifácio de Andrada e Silva, Ministro do Interior e Estrangeiros no 1º gabinete organizado pelo imperador Dom Pedro I, que o comércio e a indústria eram os recursos do país, e não é de estranhar
"se esses americanos penetram em todas as partes, com a maior perseverança, para granjear o que atenda às necessidades deles e à sua cobiça; nem deve causar admiração se o governo deles, seguindo essa propensão nacional, vai continuadamente especulando nas suas reações estrangeiras, cuja delicadeza serve frequentemente, como subordinada, ao empenho para burlar". (7)
 
 
(1) MELO, Mario. A Maçonaria e a revolução republicana de 1817. Recife: Instituto Archeológico e Geographico, 1912, p. 9 e 10.
 
(2) Carta original, firmada por José Carlos Mairink da Silva Ferrão, Casa do Governo Provisório de Pernambuco, 27.3.1817. AHI - Lata 195, maço 4, pasta 4. III - Cols. Especiais. Documentação anterior a 1822 - Independência.
 
(3) As anotações feitas por Antonio Gonçalves da Cruz, o Cabugá, das audiências que teve com Cæsar Rodney, o "confidente de gabinete", com o presidente do Banco dos Estados Unidos e, em seguida com o Secretário de Estado, Richard Rush: Documentos sobre as relações com os Estados Unidos, firmado por diversos e Antonio Gonçalves da Cruz, 38 páginas, originais e cópias. AHI - lata 195, maço 4, pasta 5 - III Cols. Especiais - Documentação anterior a 1822 - Independência - Capitania de Pernambuco (Revolução de Pernambuco).
 
(4) Comunicado do Conde dos Arcos, in Documentos Históricos /Revolução de 1817), vol. CI, p. 40 e 41.
 
(5) TAVARES, Francisco Muniz - História da Revolução em Pernambuco em 1817. Recife: Instituto Archeológico e Geográphico de Pernambuco, 3ª. edição, 1917, p. CLV.
 
(6) Id., ibid., p. CLV.
 
(7) Ofício de Antônio Gonçalves da Cruz a José Bonifácio de Andrada e Silva, Filadélfia, 31.7.1823. Arquivo Diplomático da Independência, vol. V, p. 71.
 
Luiz Alberto Moniz Bandeira (redigido em esp.), s/d, La onda digital, n.702, Uruguai
http://www.laondadigital.uy/archivos/4262 (traduzido e publicado pelo Pravda - http://port.pravda.ru/cplp/brasil/28-12-2014/37805-eua_brasil-0/)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Por um PT democrático, de massas e socialista, por que não?




Estou publicando estas reflexões porque entendo que vivemos um momento de muita riqueza ideológica

As condições objetivas são bastante favoráveis para o PT se fortalecer como instrumento de transformação da sociedade brasileira.

Não podemos perder essa oportunidade histórica.

As intenções dos dirigentes e governantes do nosso Partido precisam ser traduzidas em gestos mais ousados de participação e de avanços numa sociedade que tem pressa em reduzir as desigualdades, em melhorar a qualidade dos serviços públicos, em reduzir os privilégios das elites, sem comprometer a estabilidade política e econômica.

O equilíbrio de forças e recursos precisa estar afinado com o projeto de transformação que dá sentido à existência de nossa organização partidária.

O poder para a direita é um fim em si mesmo, pois apenas querem manter a sociedade do jeito que está, mas para nós, o poder precisa ser instrumento de transformação, ou então, não serve para muita coisa.

O que garante a condução do rumo do Projeto são as instituições fortes, atendendo aos anseios da sociedade.
Leia uma postagem interessante no link abaixo:
 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O veneno da globo (com minúsculo mesmo!)



"O veneno não estava em Venina. Ela está contando sua história, e cabe averiguar.

A maldade estava na maneira como Venina foi usada.
...
Dilma, no final, é citada – pela Globo. Numa tentativa de desmoralizá-la, a Globo diz que Dilma afirmou que não existe uma “crise de corrupção”.

No meio de uma entrevista que trata exatamente de corrupção, a frase de Dilma parece o triunfo do cinismo.

Mas o cinismo é da Globo. É mais uma tentativa, como Roberto Marinho fez tantas vezes primeiro contra Getúlio e depois contra Jango, de rotular como corruptos regimes que não garantem a manutenção de mamatas e privilégios a um pequeno grupo.

A Globo faz assim, tradicionalmente: cala quando a corrupção é amiga. Na ditadura, quando a empresa virou um gigante, corrupção não existia, numa troca macabra de favores.

Sob Sarney e FHC, amigos e aliados, também não. Para a Globo, sequer a compra de votos da reeleição de FHC foi notícia.

Agora, o amigo Aécio também goza de imunidade. Que cobertura a Globo deu ao aeroporto de Cláudio? E ao helicóptero com meia tonelada de pó dos Perrelas, amigos fraternais de Aécio? A Globo é assim: também os amigos dos amigos recebem tratamento especial.

A este tipo de comportamento delinquente jornalístico se junta o descaro com que a Globo sonega – uma forma de corrupção que, se não combatida, destrói a economia de qualquer país."

Diga não ao fechamento do CEART Mario Gusmão




O Centro Municipal de Arte-educação e Cultura Mário Gusmão não pode fechar. Se tal tragédia ocorrer muitas crianças pobres, que dependem exclusivamente da escola pública, vão ficar sem um importante espaço de democratização da educação, da arte e da cultura.

Uma instituição que proporciona às crianças e jovens das escolas municipais de Salvador, ambientes adequados à produção de bens e serviços culturais, com vistas a diversificar as estratégias de melhoria da qualidade da educação e garantia da permanência e do sucesso de todos na escola.
Esse é um governo que demonstra cada dia que não tem compromisso com as pessoas mais pobres desta cidade.

Apoie esta causa. Se nada fizer, nada mudará.

Diga não ao fechamento do CEART Mario Gusmão: Assine o abaixo-assinado no link abaixo:

http://www.peticaopublica.com.br/psign.aspx?pi=BR78201



quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo Wikleaks mostram que a Casa Branca tenta impedir o desenvolvimento tecnológico do Brasil

                                                                             


Os telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo Wikileaks revelaram que a Casa Branca toma ações concretas para impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial.

Fernando Henrique Cardoso firmou em 2000 o Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) para o desenvolvimento de tecnologia espacial, mas o texto foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto.

Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros.

Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.

Leia a matéria completa do Jornalista Beto Almeida.

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/02/wikileaks-revela-sabotagem-contra.html

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

                                                                            



Veja esse e inúmeros outros casos de corrupção no Brasil na extensa matéria do Jornal do Brasil

"A compra de votos para eleição foi outro escândalo do governo Fernando Henrique Cardoso. Uma emenda constitucional que autorizava presidente, governadores e prefeitos a disputarem a reeleição foi aprovada pela Câmara em primeiro turno, no início de 1997.
Em maio, quando o texto aguardava aprovação do Senado, uma conversa entre os deputados Ronivon Santiago e João Maia veio a público, em que eles diziam ter recebido R$ 200 mil para votar a favor da emenda, e que outros também teriam vendido voto.

Falavam ainda que o deputado Pauderney Avelino e o então presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães, eram os intermediários das negociações, e que tudo era tratado diretamente com o ministro das Comunicações, Sérgio Motta, amigo de FHC e principal articulador político do então presidente.

Uma comissão de sindicância na Câmara foi criada para investigar o caso, mas a cúpula do governo de FHC começou a conceder cargos públicos e verbas para evitar a instauração de uma CPI.
A comissão, então, apresentou um relatório que retirava a necessidade de CPI, recomendando que a Procuradoria-Geral da República investigasse o envolvimento do ministro Sérgio Motta, que as Assembleias do Acre e do Amazonas fizessem o mesmo com os governadores e que a Câmara tratasse dos deputados. Todos foram inocentados por suposta falta de provas, e a emenda da reeleição foi aprovada.

Ficou famosa a declaração do então deputado federal (PFL-AC), Ronivon Santiago, sobre os R$ 200 mil: "Uma mixaria dessas não compra ninguém". Também a comemoração dos deputados governistas, quando o projeto de reeleição foi aprovado na Câmara: "Uh, tererê!"."
Leia matéria completa no site: http://m.jb.com.br/pais/noticias/2014/12/14/corrupcao-no-brasil-das-colonias-a-todas-as-esferas-da-politica-e-do-mercado/

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Quem ganha e quem perde com a guerra às drogas


 
Um texto bastante lúcido de Maurício Moraes sobre a "guerra às drogas". Um assunto que deve ser dialogado com muita profundidade pela sociedade.
“A questão é que a droga existe, que todo dia alguém fuma uma pedra no centro de São Paulo ou cheira uma carreirinha em algum canto do Congresso Nacional. É um fato e precisamos lidar com isso. Por isso mesmo, qualquer política pública que não aceite a realidade estará, em algum momento, equivocada.
Felizmente, temos sopros de lucidez ao redor do mundo. Estados americanos como o Colorado e o vizinho Uruguai já legalizaram a maconha (parte importante do problema). O debate ganha fôlego na América Latina e até nos EUA, onde o presidente Barack Obama já admitiu que a Guerra às Drogas é um "fracasso total”.
Nessa guerra travada sobretudo nas periferias, o maior preço é pago por quem é tragado pelas prisões superlotadas. No Brasil, a coisa só piorou desde que o Sistema Nacional de Politicas sobre Drogas entrou em vigor em 2006. Acabamos de passar a Rússia e agora temos a terceira maior população carcerária do mundo (715 mil pessoas).
Nessa guerra, cor da pele, endereço e conta bancária contam. Uma coisa é um menino branco fumar na Avenida Paulista (vai provavelmente se safar como usuário). Outra é o menino preto fumando na periferia (grande chance de ir para a cadeia por tráfico). O enredo é corriqueiro — curso intensivo de marginalidade e estigma após sair da prisão. O saldo é sempre mais violência.
Além de tragar recursos públicos, a Guerra às Drogas funciona como um terrível mecanismo de controle social, de criminalização da pobreza. Para "proteger" nossas famílias dos vapores entorpecentes deste mundo, criamos um sistema sórdido de violência. O Estado faz de conta que vai acabar com as drogas. A sociedade finge que a cadeia é a solução para todos os males (enquanto uns poucos tantos enriquecem nesse ínterim).
Diante da mentira, a verdade é que precisamos falar sobre drogas e debater sua legalização e regulação. Até lá, seguiremos contando os mortos desse front.”
*Maurício Moraes é jornalista e foi candidato a Deputado Federal por São Paulo pelo PT.
 
 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Segundo Pesquisa, Dilma combate muito mais a corrupção que seus antecessores




A maioria esmagadora de 46% dos entrevistados pelo Datafolha julga que Dilma combate muito mais a corrupção do que seus antecessores – inclusive, mais do que o ex-presidente Lula.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aparece como sendo leniente no combate a corrupção. Com apenas 4% de pesquisados que julgam que em seu governo a corrupção foi mais combatida.

FHC perde até para Fernando Collor, que 11% julgam que foi quem mais combateu a corrupção.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Oficina de Planejamento do Movimento Política Solidária



Ontem, 06 de dezembro, foi um dia muito importante para nós. Aconteceu a primeira oficina de planejamento do Movimento Política Solidária.

Participaram cerca de 40 pessoas que acreditam na participação política a partir da solidariedade, da honestidade, da verdade, da ética, da justiça, do compromisso, da militância e em favor da igualdade.

Acreditamos que podemos contribuir com a sociedade no sentido de refletir e agir para aperfeiçoar a política e resgatar o seu verdadeiro sentido de viabilizar o bem comum.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Marcos Valério inocentou Lula e Zé Dirceu




O diálogo transcrito abaixo se refere a trecho de gravações clandestinas feitas por Joaquim Engler, advogado de Cláudio Mourão, ex-tesoureiro de campanha do ex-senador e ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo, pivô do mensalão tucano.
No trecho em questão, Marcos Valério inocenta Lula e José Dirceu de qualquer responsabilidade pelo mensalão do PT.
Joaquim Engler: E o Lula tem falado com ele?

Marcos Valério: Também não, nunca conversei com ele, aliás eu nunca estive com ele pessoalmente, mas sou seu admirador.

Cláudio Mourão: O Roberto Jeferson disse que você esteve várias vezes com o Lula.

Marcos Valério: Pela felicidade de meus filhos, eu nunca estive pessoalmente com o ex presidente Lula, o Roberto Jeferson não passa de um tremendo mentiroso.

Marcos Valério: Foi ambição, uma tremenda covardia que ele fez com todos nós, o José Dirceu não fez nada de errado, ele não recebeu um puto sequer, não foi corrupto, não traiu em momento algum o Presidente Lula e não participou de nenhuma coisa errada.

Cláudio Mourão: É verdade Valério que gravou fitas, falando tudo o que sabe?

Marcos Valério: Até o presente momento não gravei nada, pura mentira destes jornalistas desqualificados das revistas VEJA, ISTOÉ, ÉPOCA, querem vender, usam de mentiras e factoides.


Veja a matéria completa no Blog da Cidadania
http://www.blogdacidadania.com.br/2014/12/como-e-quando-marcos-valerio-inocentou-lula-e-ze-dirceu/

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O IPTU do Haddad é progressivo: Ricos pagam mais caro e pobres pagam menos ou ficam isentos.



"Liberado pela Justiça após embargo de ação do PSDB, reajuste será maior para imóveis de alto padrão e menor para os mais humildes

A cidade de São Paulo, administrada por Fernando Haddad (PT), conseguiu uma vitória há muito esperada: a liberação do reajuste do Imposto Predial Territorial Urbano, o IPTU.

Com a medida, a taxa passa a ser cobrada de forma escalonada, com valores mais altos por imóveis em áreas nobres, e menores para a periferia.

A nova regra isenta ainda 3,1 milhões de imóveis de baixo padrão, avaliados em até R$ 160 mil, e de aposentados que ganham até três salários mínimos.

Nesta quarta-feira (26), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) derrubou liminar que impedia, desde o ano passado, o reajuste do imposto.

A alteração estava suspensa por duas ações propostas pelo PSDB e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que consideravam a cobrança abusiva."

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Quem paga imposto no Brasil: Famílias com até dois salários mínimos arcam com 48,9% do total


Jatinhos e barcos de luxo não pagam impostos, o carro popular paga.
 
O sistema tributário brasileiro, ou seja, o conjunto de leis e ações para arrecadar impostos é regressivo. Quem ganha menos paga mais impostos, que ganha mais paga proporcionalmente menos impostos.
Segundo dados do Ipea as famílias com renda até dois salários mínimos arcam com uma carga tributária de 48,9%. Na faixa de renda familiar superior a trinta salários mínimos a carga tributária corresponde a 26,3%. Ou seja, de cada mil reais recebido, quem ganha até dois salários mínimos paga 489 reais de impostos e quem ganha mais de 30 salários mínimos paga 263 reais de impostos, quase a metade.
Segundo o autor a Finlândia e Áustria são citadas como exemplos de países que reduzem a desigualdade de renda à metade graças a um sistema tributário progressivo, onde quem ganha mais paga mais, e eficaz acompanhado de um gasto social bem orientado. São países onde a violência é mínima e a qualidade de vida é fantástica.