Não precisaremos retornar aos primórdios, quando nossos ancestrais começaram a transformar a natureza usando objetos rudimentares como ferramenta.
Podemos enxergar essa utilização em nossos primos macacos, os chimpanzés, que aprendem a usar essas ferramentas rudimentares quando escolhem galhos de determinada espessura, tamanho e flexibilidade e os introduzem no formigueiro para produzir seus "espetinhos" de formiga ou quando também aprendem a quebrar nozes usando uma pedra côncava, procurada entre tantas disponíveis, na qual apoiam a noz e, com outra pedra adequada, a quebram.
Ficou provado que nem todos os grupos de chimpanzés usam dessas ferramentas, logo, isso é um aprendizado cultural, independente dos instintos.
Claro que aqueles que utilizam de tais expedientes, podem ter acesso a mais proteína, o que significa melhor fecundidade e domínio sobre outros grupos. Portanto, os que têm mais facilidade de aprendizagem, acabam por fazer prevalecer seus genes nas próximas gerações.
As ferramentas mais rudimentares do Homo sapiens encontradas, como pedras lascadas ou ossos de animais, datam, para arredondarmos, de 100 mil anos.
Muito pouco tempo, se considerarmos que o universo tem aproximadamente 15 bilhões de anos, nosso planeta 4,5 bilhões e as formas de vida mais elementares 3,5 bilhões, segundo o conhecimento da ciência atual.
ENSAIO SOBRE O CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
CARLOS BURKE
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