O Homo sapiens percorreu
um longo período de aprendizagem e domínio da natureza até se fixar em locais
mais ou menos permanentes, em função da agricultura.
Os vestígios mais antigos dessa cultura datam de 14 mil anos.
Mas não precisamos retomar a um tempo tão distante para entendermos um pouco de
nossa realidade atual.
Precisamos
"apenas" de 500 anos de história do trabalho para nos basearmos.
Escolhi esse recorte por dois motivos: começa a acontecer uma mudança
fundamental no processo de trabalho, que transformou tão profundamente a
sociedade humana, tornando-a hoje tão complexa, com uma capacidade de trabalho
infinitamente superior a qualquer outra época da História Humana. E 500 anos
tem relação direta com a história do Brasil, pelo menos a história dos
vencedores.
Não podemos
nos esquecer de que por aqui já existia muita história anterior. Niede Guidon,
na Serra da Capivara, no Piauí, defende que encontrou vestígios de povos
primitivos datados de 60 mil anos, além dos indígenas que colonizaram nosso
território há 10 mil anos.
Apesar da dizimação quase
completa dos povos primitivos, ainda encontram-se grupos isolados, vivendo sua
cultura como há milhares de anos. Os ianomâmis, apesar de muitos grupos já
terem sido contatados, são caçadores e coletores, portanto, nômades, dependendo
totalmente da floresta para sobreviver. Ficaremos, no entanto, com a história
dos grupos vencedores, dessa espécie animal que também domina e mata os da
mesma espécie.
ENSAIO SOBRE O CAPITALISMO
CONTEMPORÂNEO
CARLOS BURKE
CARLOS BURKE
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