quarta-feira, 30 de março de 2011

Características da globalização: 6. A Crença na Auto-Regulamentação dos Mercados

         O mercado cresce e o Estado[1] diminui. Se acontecer uma crise o Estado corta verbas da área social: saúde, educação, etc. e com isto protege os investimentos dos capitalistas.

         Isto na prática desmente a tese da auto-regulamentação do mercado e o Estado continua intervindo na economia quase sempre em favor do capital.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

terça-feira, 29 de março de 2011

Características da globalização: 5. Mudança do papel do Estado

         O Estado só interfere na economia[1] quando for para facilitar o capital e o lucro dos grandes grupos econômicos.

         O Estado não é mais responsável para prover o bem estar do povo e o desenvolvimento da nação; isto agora está a cargo do mercado. Se este modelo persistir haverá um desemprego e miséria massiva.

         O Estado privatiza suas empresas, que nos anos 50 a 80 foram fundamentais para formar a infra- estrutura econômica do país e foram financiados com o dinheiro do povo, e agora as repassa para a classe capitalista a preços baixos.

         O pior é que o dinheiro das privatizações caiu num buraco sem fundo do pagamento de juros dos títulos do governo negociados nas bolsas de valores e não beneficiou o povo, por assim dizer foi tudo jogado fora. O Estado se tornou privado, tornou-se propriedade de uma classe.

         O orçamento da União de 1998 destinou 53,97% dos recursos para “juros e encargos da dívida” e “amortização da dívida”. Enquanto que para a educação e cultura só destinou 3,4% e para saúde e saneamento só 4,3%.

         Em 4 anos do Real (94-97) o país pagou cerca de 120 bilhões de dólares em juros da dívida externa e ainda devíamos em 1998 o total de 212 bilhões de dólares.

         Devemos também somar a isto a dívida interna (em bilhões de dólares) em 1993 era de 49,9; 1994 foi para 61,8, dali saltou em 1995 para 108,5, continuou subindo em 1996 para 176,2, chegando em 1997 em 255,5 e até junho de 1998 já estava em 326,5 bilhões de dólares.

         Somando a dívida externa com a dívida interna somamos R$ 538,5 bilhões de dólares, ou seja, meio trilhão de dólares. No final de 2002 a dívida interna era de 800 bilhões de reais.




[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

segunda-feira, 28 de março de 2011

Características da globalização III

4. Globalização dos mercados financeiros[1]:

         Os mercados financeiros unificam os negócios mundiais. Cresce a importância e o volume dos capitais financeiros (voláteis, desvinculados da produção de bens) e especulativos (que se nutrem e se reproduzem às custas dos altos juros).

         No jornal Zero Hora de 24/09/1998 o secretário do Tesouro norte- americano Robert Rubin diz: “A prosperidade e a estabilidade financeira do Brasil são criticamente importantes para os Estados Unidos”. Em outras palavras ele diz: O empregado é fundamental para o seu patrão.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quarta-feira, 23 de março de 2011

Características da globalização II

3. Formação de megacorporações e a concentração de riquezas[1]:

         Poderosas transnacionais se formam, que detém mais poderes que os Estados Nacionais, para as quais não há fronteiras territoriais, nem políticas, nem tarifárias.

         O Estado tem que se sujeitar às vontades e necessidades destes grupos econômicos. É justo permitir que as 200 maiores corporações do planeta concentrem 28% do PIB do mundo e empreguem apenas 1% da força de trabalho?

         Merece ser preservada uma ordem mundial que entrega a 447 bilionários renda equivalente à da metade da população da Terra? Até quando os 60% mais pobres dos habitantes da Terra aceitarão viver com menos de 2 dólares por dia.

         A concentração da riqueza no país é esta, conforme o Censo de 1995: 1% dos mais ricos detém 13,4% de toda a riqueza e os 50% mais pobres tem 13,3% da riqueza.

         No que se refere ao consumo é semelhante: Assim a as classes A e B somam 49,2% da força de consumo e são apenas 20,1% da população.

         O salário mínimo em 1997, se o preceito constitucional fosse seguido seria de R$ 789,36. Da mesma forma a mão de obra, por hora trabalhada na indústria de transformação, custa no Brasil US$ 2,68, na Coréia US$ 4,93, nos USA 16,40 e na Alemanha 24,87.

         Entre 1992 e 1995 para cada 100 dólares aplicados no País por multinacionais, o retorno foi de 23 dólares, ou seja 23%. A média de retorno nos países em desenvolvimento foi de 15,7%.

         Além disto 0,8% dos proprietários rurais, com área de mil ou mais hectares detém 45,8% das terras do país. E os 37% dos proprietários que tem menos de 5 hectares detém apenas 1,1% das terras.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

terça-feira, 22 de março de 2011

Características da globalização:

1.     Livre mobilidade de capitais[1], mercadorias e serviços (para os países centrais).

         Estes países centrais (ricos) praticam políticas protecionistas. A União Européia aplica anualmente, e de forma direta, 0,52% do seu PIB em subsídios à agricultura e os USA aplicam 1% do PIB [US$ 55 bilhões] em subsídios na agricultura.

         Mas para nós a receita é outra. Os países subdesenvolvidos transferem em renda da agricultura para outros setores em torno de 46% do PIB agrícola. Mas a receita para nós é liberdade total aos capitais e mercadorias, sem protecionismo.

2. Abertura comercial, sem restrições.

         Retirada de taxas e tarifas para importação livre para qualquer produto; só que os países ricos tem taxas de proteção para suas mercadorias.

         A prioridade e objetivo é reproduzir o capital e não reproduzir e proteger a vida das pessoas. Não há mais fronteiras para as mercadorias e capitais; só para as pessoas, para evitar que migrem para os países ricos e se beneficiem dos direitos que a classe trabalhadora conquistou lá em mais de um século de lutas.

         Também no 1º mundo os benefícios sociais foram duramente conquistados pelos pobres com muitas prisões, exílios e mortes.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

segunda-feira, 21 de março de 2011

Quem inventou a Globalização e com que interesses?

         Os países do 1º Mundo inventaram a Globalização[1]. Primeiro foi na Europa – Inglaterra, depois nos USA e aí ela tomou força. Autor principal: FMI (organismo que representa os países ricos do planeta).

         Este modelo foi imposto aos países periféricos, endividados e de economias dependentes. Imposição para resolver a crise de produtividade do trabalho e de crescimento dos países ricos.

         A Globalização é boa para eles; é na verdade uma nova palavra para explicar o que antes se chamava de Imperialismo.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

sexta-feira, 18 de março de 2011

O Fim do Mundo Bipolar

         No final da década de 1980, assistimos[1] ao desmantelamento do Estado soviético. Depois de quatro décadas disputando a hegemonia mundial com os Estados Unidos, a União Soviética entrou em falência econômica e a confederação de Estados se desfez.

         O fim da bipolarização coincidiu com uma nova reorganização internacional: o mundo passou a se organizar em blocos econômicos. Esse processo é denominado globalização.

         Ao lado da globalização econômica observamos um processo de internacionalização do capital, ou seja, este deixa de ser nacional para ser mundial. As empresas já não se preocupam com o desenvolvimento econômico de seu país-sede; sua principal preocupação é com a estabilidade política e social dos lugares onde faz seus investimentos.

         Por exemplo, uma empresa multinacional não monta filiais em países onde os riscos de uma revolução social sejam grandes, porque uma mudança brusca de governo pode significar a nacionalização das firmas estrangeiras, o que a levaria a perder o capital investido naquele país.

         Em geral, essas empresas procuram investir em países que ofereçam importantes incentivos fiscais, mão-de-obra barata e que não fazem restrições à remessa de lucros (transferência para outros países dos lucros obtidos pela empresa).


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quinta-feira, 17 de março de 2011

O poder financeiro

         Se a tecnologia e a informática estão unindo o mundo[1], o poder financeiro utiliza-as como armas, como armas em uma guerra.

         Na globalização trava-se uma guerra mundial, e que se desenvolve um processo de destruição/despovoamento e reconstrução/ reordenamento em todo o planeta.

         Para a construção da nova ordem mundial (planetária, permanente, imediata e imaterial, segundo Ignacio Ramonet), o poder financeiro conquista territórios e derruba fronteiras, e o consegue fazendo a guerra, uma nova guerra.

         Uma das baixas desta guerra é o mercado nacional, base fundamental do Estado-Nacional. Este último está em vias de extinção, ou ao menos o Estado-Nacional tradicional.

         Em seu lugar surgem mercados integrados ou, melhor, lojas de departamentos do grande shopping mundial, o mercado globalizado.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quarta-feira, 16 de março de 2011

A Globalização: duas revoluções

         A globalização foi possível[1], entre outras coisas, por duas revoluções: a tecnológica e a da informática. Foi e será dirigida pelo poder financeiro.
        
         Juntas, a tecnologia e a informática (e com elas o capital financeiro) diminuíram distâncias e romperam fronteiras.

         Hoje é possível ter informações sobre qualquer parte do mundo, a qualquer momento e de forma simultânea. Mas também o dinheiro tem agora o dom da ubiqüidade, move-se de maneira vertiginosa, como se estivesse em todas as partes ao mesmo tempo.

         E mais, o dinheiro dá uma nova forma ao mundo, a forma de um mercado, de um mega-mercado.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

segunda-feira, 14 de março de 2011

A crise do modelo neoliberal

         O Brasil adotou nos últimos anos[1] o regime de flexibilização cambial, caminho alternativo à dolarização e que tem aliviado a pressão sobre a Balança Comercial do país.

         Assim, uma eventual crise cambial no Brasil não teria os mesmos desdobramentos financeiros argentinos. O país anda dispõe de mais poupança interna, mais instrumentos de política macroeconômica (inclusive fortes bancos estatais e de fomento), sua estrutura industrial mostra-se menos afetada, tem aumentado sua arrecadação tributária, além de ainda contar com fortes superávits primários nos últimos anos.

         Mas tão importante quanto tudo isso é uma consciência pública crescente dos danos do paradigma neoliberal, que cria uma legitimidade para o país dotar- se de um novo rumo econômico que lhe permita mais estabilidade frente à especulação financeira internacional e mais soberania no controle dos seus destinos.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

sexta-feira, 11 de março de 2011

A crise do modelo neoliberal

         As reformas financeiras recentes[1] nos países desenvolvidos e em desenvolvimento têm seguido três princípios:

         1) a desregulamentação, gradual eliminação das barreiras legais à atuação de bancos e outras instituições financeiras em diversos segmentos do mercado doméstico e internacional;

         2) a desintermediação financeira associada à securitização, através da qual o crédito bancário tradicional é parcialmente substituído por sofisticadas operações de financiamento direto, passando os bancos a atuarem como corretores e market makers no mercado de capitais;

         3) ampliação do grau de abertura financeira, em especial para a entrada de instituições estrangeiras no sistema financeiro doméstico.

         Jennifer Hermann contrasta o caso brasileiro com o argentino em três aspectos essenciais.
        
         1. No Brasil, o processo de liberalização e, particularmente, de abertura financeira foi muito mais lento. Até meados de 2000, apenas as aplicações de investidores institucionais em ativos negociados no mercado brasileiro tinham sido parcialmente liberadas: eram permitidas, mas controladas por registros e autorizações (os Anexos I a VI da Resolução 1289 do Banco Central) que, na prática, limitavam a mobilidade dos recursos entre os mercados de renda fixa e variável, bem como entre o mercado brasileiro e internacional. A abertura do mercado à entrada de bancos estrangeiros é também recente, vem sendo incentivada a partir de 19997, não estando, porém, ainda regulamentada.

         2. Ao contrário do que aconteceu na Argentina nos anos 80 e nos anos noventa, o sistema bancário brasileiro se fortaleceu durante o período de alta inflação e durante o período do Plano Real, gozando da mais alta lucratividade durante toda a década.

         3. O Brasil adotou nos últimos anos o regime de flexibilização cambial, caminho alternativo à dolarização e que tem aliviado a pressão sobre a Balança Comercial do país.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quinta-feira, 10 de março de 2011

Conseqüências da terceirização

    As empresas estão fazendo um processo de focalização[1]: concentram suas atividades naquilo que sabem fazer melhor. Como conseqüência acontece um processo de terceirização; sub-contratam empresas menores.

Conseqüências:

     Grandes empresas reduzem o número de trabalhadores e cresce o nº dos que trabalham em empresas pequenas ou por conta própria. A terceirização reduz custos e piora as condições de trabalho e salários dos trabalhadores.

·        72,5% dos trabalhadores destas empresas tem menores benefícios sociais do que a empresa para a qual elas prestam serviços; 67,5% das empresas terceiras pagam salários menores aos contratantes; 32% das empresas terceiras não tem equipamentos de proteção individual, significa menor segurança.
·        Em alguns casos há aumento da jornada de trabalho e falta de registro em carteiras; as pequenas empresas, que tem aumentado nos últimos anos, especialmente no setor de serviços, vivem em função das grandes.
·         Aumentou a intensificação do trabalho com isto aumentou o stress, angústia e ansiedade.
·        Reduziu-se do número de trabalhadores nas empresas modernas, esta redução aumenta o desemprego, por um lado, e por outro, aumenta o lucro dos capitalistas.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quarta-feira, 9 de março de 2011

Objetivos do Neoliberalismo

       
O principal objetivo para o neoliberalismo[1] é a maximização dos lucros dos empresários privados (lucros econômicos). A este critério estão submetidas todas as necessidades sociais. Para esta corrente, a satisfação das necessidades sociais não conta, o que conta é o lucro.

As grandes corporações transnacionais trabalham com uma perspectiva  de entre 700 milhões a um bilhão de consumidores potenciais, com bom poder aquisitivo. Isto para uma humanidade de 7 bilhões de pessoas. O resto é massa sobrante e descartável. Predomina um absurdo: o capital financeiro especulativo sobre o capital produtivo - que é de apenas 7% a 9% do capital total.

Hoje há basicamente três grandes grupos de trabalhadores:

1. Os integrados - os que trabalham nas empresas modernas e tem condições de trabalho e salário muito mais estáveis e fazem parte do núcleo permanente da empresa (operário-chave).

2. Os semi-integrados - os que tem emprego em empresas menores, terceirizadas, sub-contratadas tendo salários e condições de trabalho muito mais precários.

3. Os excluídos do mercado de trabalho - são os desempregados, subempregos, do mercado informal, trabalho temporário; com baixíssima renda e condições de trabalho desumanas e, em alguns casos, semelhantes ao período de trabalho escravo.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

terça-feira, 1 de março de 2011

O Neoliberalismo e a flexibilização.

As soluções que propõe os neoliberais[1] são:

·        Privatização e liberalização da economia.
·        Desaparecimento de: programas de seguridade social, programas de construção de moradia do Estado, leis de salário mínimo, legislação a favor dos sindicatos, impostos às importações, controle dos preços, Subsídios, acabar com a maioria dos direitos que a classe trabalhadora conquistou nestes últimos cem anos à custa de perseguições, prisões, torturas e assassinatos de trabalhadores.

         Na flexibilização os empregos surgem e somem assim que aparecem, são fragmentados e eliminados sem aviso prévio, como as mudanças nas regras do jogo de contratação e demissão - e pouco podem fazer os empregados ou os que buscam emprego para parar essa gangorra.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria