Quase 50 anos recordando o
Maracanã, nossa façanha esportiva. Hoje, ressurgimos no mundo globalizado,
talvez aprendendo de nossa dor. Minha história pessoal, a de um rapaz — por
que, uma vez, fui um rapaz — que, como outros, quis mudar seu tempo, seu mundo,
o sonho de uma sociedade libertária e sem classes. Meus erros são, em parte,
filhos de meu tempo. Obviamente, os assumo, mas há vezes que medito com
nostalgia.
Quem tivera a força de quando
éramos capazes de abrigar tanta utopia! No entanto, não olho para trás, porque
o hoje real nasceu das cinzas férteis do ontem. Pelo contrário, não vivo para
cobrar contas ou para reverberar memórias.
Me angustia, e como, o amanhã
que não verei, e pelo qual me comprometo. Sim, é possível um mundo com uma
humanidade melhor, mas talvez, hoje, a primeira tarefa seja cuidar da vida.
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