quarta-feira, 27 de abril de 2011

O processo econômico, político e social do Brasil (5ª fase) - Capitalismo Transnacional.

         O governo de Collor de Mello[1] e o Governo Fernando Henrique foram, sem dúvida nenhuma, o representante das forças mais avançadas do capitalismo da transnacionalização.

         As estatais foram privatizadas, num discurso de enxugamento da máquina governamental e o corte dos gastos públicos, foram entregues, não para os brasileiros, mas para os japoneses, alemães e norte americanos nossas fábricas de ponta; Aços Finos Piratini, Indústrias de minérios, Elétrica.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

terça-feira, 26 de abril de 2011

O processo econômico, político e social do Brasil (4ª fase) - Capitalismo das Multinacionais (1945 - 1990).

         A burguesia nacional[1] passa a se subordinar e associar às multinacionais. Temos uma economia diversificada: Produção de bens de consumo duráveis quase sempre nas mãos das multinacionais; diversificação da exploração (café, soja, minérios, produto industrializado).

         O Estado passa a ser guardião das multinacionais, criando infra-estrutura; financiamento; incentivos fiscais; controle de salários; governo formado por técnicos; controle pelos militares.

As classes sociais no Brasil são formadas por:

·        Capitalistas (1%) indústria, bancos, latifundiários e grandes comerciantes.

·        Classe Média (10%).

·        Classe Trabalhadora (89%) - urbana (operários); rural (bóias-frias, empregados), minifundiários, posseiros.

         A situação do imperialismo nesta etapa é de indefinição e a economia nacional sem comando.

         A burguesia nacional: nota-se um conflito entre o setor de capital contra a tecnocracia do estado; e o setor de bens de consumo a favor de um Estado assistencialista; as multinacionais a favor do Estado como está. A classe operária insatisfeita, mas sem estar consciente dos rumos a seguir. O comportamento das classes sociais é:

·        Burguesia nacional: preferindo associar-se as multinacionais, pedindo mais abertura política; Mas começa a desaparecer com a associação.

·        Classe média: frágil consciência e organização de classe.


·        Classe operária: inconformados em busca de uma organização forte. Aparece a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e depois o Partido dos Trabalhadores que levanta as esperanças. Saída: uma ação organizada e conjunta a nível nacional e mundial.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O processo econômico, político e social do Brasil (3ª fase) - O Imperialismo Clássico[1](1880 - 1945).

         O Brasil começa a desenvolver a industrialização de bens de consumo com exploração de mão de obra, especialmente estrangeira, exploração de produtos agrícolas e minerais, uma industrialização transplantada, localizada e desigual.

         Nesta etapa é que se dão os grandes conflitos entre capital (donos da terra e dos meios de produção) e o trabalho (trabalhadores). Vai se desenvolvendo a classe operária. Os conflitos internos entre os setores da classe dominante também aumentam (fazendeiros e industriais). O Estado desempenha seu papel como aliado da burguesia, controlando a classe operária.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O processo econômico, político e social do Brasil (2ª fase) - Capitalismo de Livre Concorrência (1750 - 1880).

         O Brasil produzia os produtos que interessavam ao maior lucro das empresas européias[1]: algodão, açúcar e café. O Brasil continuou sendo ainda um mercado para os produtos industrializados.

         A decadência de Portugal se aprofundou e o Brasil foi se afundando na dependência de empresas de outros países, especialmente a Inglaterra. Continuou a exploração da mão de obra livre estrangeira. O Estado passou a servir os interesses das grandes empresas estrangeiras.

         Enquanto que nos países centrais do capitalismo a revolução industrial criou as condições para o desenvolvimento da classe operária, no Brasil esta passou a ser violentada segundo os interesses estrangeiros.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

terça-feira, 19 de abril de 2011

O processo econômico, político e social do Brasil (1ª fase)

         Entre 1500 e 1530 a economia brasileira resumiu-se ao extrativismo do pau-brasil[1]. De 1530 até 1700 foram sendo formadas grandes propriedades rurais e fazendas (cana-de-açúcar). Esses produtos eram manipulados pelas companhias comerciais que circulavam na Europa e traziam as manufaturas da Europa (roupa, ferramentas...).

         Essa prática econômica foi gerando as classes sociais no Brasil, que neste período se caracterizam como: 1ª - Senhores de terra; 2ª - Escravos; 3ª - Semi- escravos (índios); 4ª - Pequenos comerciantes.

         Sabemos que a convivência entre estas classes sociais não foi tranqüila. Conhecemos o conflito gerado pela resistência dos escravos negros (Palmares...) pelas inúmeras lutas de resistência dos indígenas (Sepé Tiaraju...).

         Sabemos também que o Brasil foi projetado, organizado e “cresceu” na dependência do capital associado europeu. Em alguns países europeus se concentra o capital que passa a dominar os demais países.

         O conflito de classes se estabelece e se desenvolve de formas diferentes conforme sua posição na divisão internacional de trabalho. Esse conflito não se dá entre um “país e outro”, mas entre as classes sociais que tanto estão presentes num país como no outro.

         O Brasil foi forçado a produzir matérias primas voltadas para o mercado internacional e foi consumidor das mercadorias vindas dos países europeus.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quarta-feira, 13 de abril de 2011

As reformas neoliberais no início pareceram exitosas

         As reformas econômicas[1] apareceram como muito exitosas, em seus primeiros anos, quando medidas pela queda drástica das taxas de inflação, pela redução dos déficits orçamentários, pelo enorme ingresso de capital estrangeiro, pelas taxas de crescimento econômico que voltaram a ser positivas ainda que modestas.

         Todavia, talvez a partir da crise mexicana de 1994, a situação dos países sul- americanos vizinhos ao Brasil passou a apontar sintomas semelhantes de estagnação e de crescente possibilidade de crise externa de pagamentos. Em todos esses países, com maior ou menor intensidade, ocorreram:

(a) aumento pouco significativo da capacidade instalada, pois o capital estrangeiro se dirigiu em grande parte à aquisição de empresas existentes, em especial estatais;

(b) acentuada desnacionalização da economia, em especial em setores de infra-estrutura que foram privatizados;

(c) expansão do desemprego, do subemprego e da marginalização devido à automação e à “racionalização”;

(d) pequena expansão em valor das exportações e grande expansão das importações, com déficit comercial significativo;

(e) dolarização progressiva, ostensiva ou disfarçada, da economia;

(f) lento crescimento econômico e até estagnação e recessão;

(g) desarticulação das agências do Estado;

(h) evasão crescente de divisas e de cérebros;

(i) incremento do narcotráfico, crime organizado e tráfico de armas;

(j) eclosão de rebeliões indígenas, agravamento de conflitos sociais e animosidade racial;

(k) proliferação da corrupção em altos escalões do Governo e em setores empresariais.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

terça-feira, 12 de abril de 2011

As Políticas Neoliberais – Programa Militar

         Na esfera político-militar[1], a maioria dos países da região, com maior ou menor entusiasmo, procurou alinhar sua política externa com a política dos Estados Unidos e assim:

(a) aderiram aos tratados assimétricos de não-proliferação de armas de destruição em massa;

(b) aceitaram as teorias militares de segurança cooperativa e das “novas ameaças”;

(c) promoveram a redução de despesas militares e dos efetivos de suas Forças Armadas;

(d) acataram a idéia de transformar as Forças Armadas em forças de natureza policial de combate ao narcotráfico e ao crime organizado;

(e) aceitaram a cláusula democrática na OEA e em Quebec - a qual, apesar de sua nobre intenção, pode servir de instrumento para articular intervenções coletivas;

(f) apoiaram os Estados Unidos em suas iniciativas internacionais em relação às chamadas novas ameaças, nas operações do Golfo e do Kosovo e nas votações nas Nações Unidas;

(g) desenvolveram programas de erradicação das plantações de coca e se engajaram em combate implacável a movimentos de guerrilha, como no caso do Peru e na Colômbia.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

segunda-feira, 11 de abril de 2011

As Políticas Neoliberais – Programa econômico

         Os programas econômicos[1] executados em todos os países vizinhos ao Brasil na América do Sul (e no Brasil também) tinham como metas principais, segundo a receita neoliberal:

(a) ajuste fiscal para reduzir e eliminar a inflação, fonte de todos os males;

(b) redução da dimensão do Estado, fonte de muitos males, inclusive do autoritarismo, através da privatização, da desregulamentação e de sua reforma institucional;

(c) eliminação de barreiras não-tarifárias, redução acelerada, radical e unilateral de tarifas alfandegárias e ingresso no Gatt para consolidá-las;

(d) adoção de um regime de taxas fixas ou semi-fixas de câmbio, em geral, sobrevalorizado;

(e) livre movimentação de capitais e eliminação de qualquer distinção legal entre empresas de capital nacional e estrangeiro;

(f) desregulamentação (flexibilização) do mercado de trabalho pela eliminação de leis de proteção, consideradas como causa do desemprego;

(g) utilização da negociação de áreas de livre comércio, tais como o Mercosul, a Comunidade Andina e a Alca, como forma de consolidar a abertura externa e a desregulamentação da economia.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

sexta-feira, 8 de abril de 2011

As Políticas Econômicas Neoliberais

        Uma característica comum ao Brasil[1] e a seus vizinhos foi a adoção de políticas econômicas neoliberais, como conseqüência da renegociação de suas dívidas externas e da imposição de programas econômicos pelo FMI e pelo Banco Mundial, que vêm sendo executados em especial a partir de 1982 (após a crise mexicana).

         Estas políticas se intensificaram a partir de 1989: na Venezuela, com Carlos Andrés Peres; na Bolívia, com Paz Estensoro; na Argentina, com Carlos Menem; no Peru, com Alberto Fujimori; no Brasil, com Collor de Melo, mas também no Uruguai, no Paraguai, na Colômbia e na Venezuela.

         Esses programas foram, em geral, executados por “equipes econômicas” integradas por economistas que estudaram em universidades americanas. Muitos deles trabalharam em agências internacionais como o FMI, o Bird e o Banco Mundial, que assumiriam uma atitude tecnocrática e pretensamente acima da política e dos interesses tradicionais.

         A articulação e execução política dessa estratégia ficaram a cargo de políticos muitas vezes de passado esquerdista ou nacionalista e que, chegados ao poder, se converteriam radicalmente ao neoliberalismo, sem jamais reconhecerem isto.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Segundo e terceiro princípio do capitalismo

II – O Trabalhador perde os instrumentos de trabalho[1] e tem que vender a sua força de trabalho. Muitos agricultores perderam isto via crédito bancário.

III - Mercantilização

         Aqui temos uma novidade no capitalismo. Há milhares de produtores e milhões de consumidores. Antes havia uma relação direta entre produtores e consumidores - mais de 50% da produção era vendida diretamente.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Dois Projetos de sociedade:

O Projeto Piramidal Capitalista[1] que visa apenas o lucro e o Projeto da Nova Sociedade que quer a vida.

Há três princípios do Capitalismo:

I - Propriedade Privada dos Meios de Produção

O capitalismo usa a Lei - a via legal para atrair o seu objetivo.

Por exemplo: na Inglaterra havia uma lei antiga que dizia que a água, a pastagem, a floresta não podiam ter cerca. Em 1760 o Parlamento inglês aprovou a Lei do Cercamento que mudou esta lei antiga e os camponeses perderam as sua terras comunais para os capitalistas que as cercaram e pagaram as taxas devidas para sua legalização.

Os camponeses, expulsos, tiveram que ir para as cidades para trabalhar nas indústrias como mão de obra barata. Esta foi a idéia da lei para liberar a mão de obra para a indústria.

No Brasil uma lei semelhante foi promulgada em 1850: A Lei de Terras. Antes a terra era livre e a mão de obra escrava agora a mão de obra era livre e a terra escrava. Agora a terra passou a ser encarada como mercadoria e não estava mais acessível aos pobres.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

terça-feira, 5 de abril de 2011

Globalização e exclusão

         Dois enfoques marcam os debates[1] (II):
        
         Um segundo enfoque questiona o conceito de excluídos na forma em que vem sendo empregado pelos grupos que lutam pela transformação social. O capitalismo, em sua fase neoliberal, está gerando uma nova cultura, o indiferentismo para com os trabalhadores

         Ele está conseguindo criar o trabalho puro, que não envolve qualquer responsabilidade do capitalista. Combinando, como sempre o fez, relações modernas e relações do tipo atrasadas: com o uso de robôs nas esferas mais desdobradas da produção, com a terceirização; com os inúmeros mecanismos de desregulamentação das relações de trabalho, os capitalistas querem se livrar de qualquer responsabilidade para os trabalhadores.

         No sistema capitalista não existem, porém, excluídos propriamente ditos, senão, formas perversas e cruéis de inclusão. Estamos vivendo não apenas um processo de involução das relações de trabalho, como, também, um processo de degradação das pessoas.

         Quanto mata-se por um simples par de tênis, quando a prostituição, inclusive a infantil, chega a níveis insuportáveis, quando a droga, o seqüestro, o roubo, etc., se instalam de forma tão assustadora como estamos vendo atualmente, é necessário nos perguntarmos se existe de fato, nos limites do capitalismo, formas de inclusão realmente desejáveis.

         Mais do que exclusão, estamos vivendo uma fase de inclusão perversa dos pobres. As questões que temos que discutir são as formas de inclusão perversas através da degradação das pessoas.

         O trabalhador é hoje um consumidor marginal, ou seja, ele está sendo incluído de forma degradada. O mais trágico é que a vítima muitas vezes se torna cúmplice da perversão, ou seja, ela não a denuncia e até a incorpora.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Globalização e exclusão

         Dois enfoques marcam os debates[1]:
        
         O primeiro, ressalta-se a necessidade de pensarmos novas formas de organizar a sociedade, para além da forma mercadoria.

         A globalização, fase "perfeita" das relações de mercado, exclui uma grande parcela da população mundial, deixando-os à margem do processo de produto e de consumo.

         Nesse sentido a proposta é a criação de novas formas de organização social, radicalmente diversas dos modelos até então conhecidos.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Características da globalização: Alterações no processo de produção

         Novas e avançadas tecnologias[1]: biotecnologia, novos materiais, biogenética, microeletrônica, computadores, concentração do conhecimento.
        
         Redução da matéria-prima: menos quantidade e diferentes matérias-primas na fabricação de bens.

         Mão de obra: redução – menos mão de obra (desemprego).

         O jornal Zero Hora de 24/09/1998 diz que existiam, nesta data, 1 bilhão de trabalhadores desempregados e subempregados no mundo; isto é 3% da população economicamente ativa do mundo.

         Anos atrás os trabalhadores falavam que eram explorados e lutavam contra esta exploração. Hoje a maioria luta pelo direito de poderem ser explorados e nem para serem explorados servem mais, pois nem empregos mais conseguem.

         Não tem nem mais o direito de serem explorados. Antes se falava da opressão, hoje se fala da exclusão que é a pior das opressões.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria