As reformas econômicas[1] apareceram como muito exitosas, em seus primeiros anos, quando medidas pela queda drástica das taxas de inflação, pela redução dos déficits orçamentários, pelo enorme ingresso de capital estrangeiro, pelas taxas de crescimento econômico que voltaram a ser positivas ainda que modestas.
Todavia, talvez a partir da crise mexicana de 1994, a situação dos países sul- americanos vizinhos ao Brasil passou a apontar sintomas semelhantes de estagnação e de crescente possibilidade de crise externa de pagamentos. Em todos esses países, com maior ou menor intensidade, ocorreram:
(a) aumento pouco significativo da capacidade instalada, pois o capital estrangeiro se dirigiu em grande parte à aquisição de empresas existentes, em especial estatais;
(b) acentuada desnacionalização da economia, em especial em setores de infra-estrutura que foram privatizados;
(c) expansão do desemprego, do subemprego e da marginalização devido à automação e à “racionalização”;
(d) pequena expansão em valor das exportações e grande expansão das importações, com déficit comercial significativo;
(e) dolarização progressiva, ostensiva ou disfarçada, da economia;
(f) lento crescimento econômico e até estagnação e recessão;
(g) desarticulação das agências do Estado;
(h) evasão crescente de divisas e de cérebros;
(i) incremento do narcotráfico, crime organizado e tráfico de armas;
(j) eclosão de rebeliões indígenas, agravamento de conflitos sociais e animosidade racial;
(k) proliferação da corrupção em altos escalões do Governo e em setores empresariais.
[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria
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