quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O Neoliberalismo e as crises do capitalismo moderno.

         Como diz José Martins em[1] seu livro: Os Limites do Irracional[2]: “Nos últimos anos, tanto a valorização do capital quanto às crises cíclicas têm aumentado de intensidade.

         A devastação neoliberal nada mais é do que a plena aplicação das leis que comandam o funcionamento da máquina capitalista globalizada.

         O chamado neoliberalismo não é uma mera política da burguesia (capitalistas) ou a personificação de quem quer que seja. É o próprio movimento de alargamento da base de exploração e valorização do capital.

         É a ampliação e aprofundamento das históricas leis do livre-mercado, quer dizer, da livre exploração das classes proprietárias sobre a classe trabalhadora nos mercados nacionais e da livre exploração imperialista das nações dominantes sobre as nações dominadas no mercado mundial.

         A burguesia e seus colaboradores apenas se encarregam de garantir as reformalizações sociais e políticas para que a liberalização se realize o mais rapidamente possível. E isso não é uma tarefa muito fácil.

         Ao contrário, essas reformalizações liberais são cada vez mais difíceis, na medida em que as expansões e os choques cíclicos também são mais intensos e, conseqüentemente, mais exigentes para mais uma retomada econômica.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

[2] São Paulo, Editora Fio do Tempo, 1999.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Neoliberalismo e a crise

         O neoliberalismo interpreta[1] a atual crise econômica como resultado da excessiva intervenção do Estado na economia praticada desde a crise mundial dos anos 30.

         Naqueles anos se acreditava que com a intervenção do Estado na economia se evitaria uma nova crise. Mas isto não aconteceu. Ante ao surgimento da crise iniciada em 1970, os neoliberais sustentam que: a crise é culpa da Intervenção do estado na economia.

         O Neoliberalismo pretende que a empresa privada retome as rédeas da economia que haviam sido arrebatadas pelo Estado. Para eles o Estado só serve para perturbar a ordem natural das leis de mercado, que é capaz de regular-se a si mesmo.

         Sobre isto vamos ouvir a palavra de um capitalista. O mega-especulador internacional George Soros numa entrevista à revista Veja diz: “A falsidade a meu ver é a idéia que impera no mundo de que os mercados são perfeitos e, portanto, tendem ao equilíbrio. Estou convencido de que os mercados são imperfeitos e de que no futuro podem nos conduzir a um formidável colapso da economia do planeta. Nós vivemos constantemente no que chamo de desequilíbrio dinâmico. Ninguém quer reconhecer isso agora porque estamos (?) nadando em prosperidade.”

         A crise de 2008/2009 demonstrou justamente o que previa o grande especulador, a excessiva liberdade dos mercados gerou a maior crise do capitalismo dos últimos tempos.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O liberalismo – continuação.

         Está claro que estas liberdades[1] são só para os capitalistas. O liberalismo rejeita a prática mercantilista na qual o Estado controla todo o fazer econômico de uma nação.
        
         Frente a isto sustentam a livre concorrência, quer dizer, que o Estado não intervenha na economia (que em linguagem clara significa que o Estado não imponha limites à forma e quantidade de se obter lucros à custa dos trabalhadores).

         O papel do Estado é garantir essa livre concorrência à propriedade privada e, além disso, deve criar condições materiais que permitam aos empresários privados obterem maiores lucros, tais como: construir novas estradas, portos, estradas de ferro, etc. (Isto também é intervenção na economia)

         Livre concorrência também significa que exista liberdade de decidir o quê e como produzir;quem produz e, como se distribui e se consome o produzido.

         A economia é conduzida por uma mão invisível que faz com que o capitalista, buscando seu interesse egoísta, sem se dar conta, assegura o interesse social. Esta mão invisível é a livre concorrência que permite que a economia sempre funcione bem e, quando surgem crises, ela mesma se corrige através do movimento de oferta e procura.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O Liberalismo

         Surgido em conseqüência da luta[1] histórica da burguesia (classe capitalista) para superar os obstáculos que a ordem jurídica feudal opunha ao livre desenvolvimento da economia, o liberalismo tornou-se uma corrente doutrinária de importância capital na vida política, econômica e social dos estados modernos.
        
         Liberalismo é uma doutrina política e econômica que, em suas formulações originais, postulava a limitação do poder estatal em benefício da liberdade individual.
        
         Fundamentado nas teorias racionalistas e empiristas do Iluminismo e na expansão econômica gerada pela industrialização, o liberalismo converteu-se, desde o final do século XVIII, na ideologia da burguesia em sua luta contra as estruturas que se opunham ao livre jogo das forças econômicas e à participação da sociedade na direção do estado.

         Ao impor-se o capitalismo industrial, graças à invenção da máquina e à introdução da mesma na produção, é preciso um novo pensamento que o justifique e o defenda. Este novo pensamento é o Liberalismo.

         Este pensamento ressalta a liberdade individual em todos os sentidos: LIBERDADE DA EMPRESA E LIBERDADE DE COMÉRCIO E O DIREITO À PROPRIEDADE PRIVADA.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

4. O Neoliberalismo

Porque esta fase do capitalismo[1] nós chamamos de Neoliberalismo?

         Neo, quer dizer novo e Liberalismo se refere ao pensamento que serviu de base ao capitalismo desde seu princípio e que está baseado no individualismo e na liberdade de empresa.
        
         Denomina-se novo, porque ressurge depois de aproximadamente 40 anos, período em que se praticou outro tipo de política econômica, na qual o Estado intervinha de maneira considerável em todos os âmbitos da economia.

         Com a queda do muro de Berlim e o enfraquecimento das economias socialistas a doutrina liberal ganhou força e o mundo passou a viver uma nova fase, denominada neoliberal.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Os conflitos entre capitalistas e trabalhadores na sociedade brasileira

          Estas instruções repassadas por uma organização patronal para seus sindicatos filiados ilustram bem de como é atual a disputa entre capital e trabalho na nossa sociedade.

São Paulo, 25 de Setembro[1] de 1997

         Cumprindo determinação da reunião extraordinária deste conselho deliberativo, realizado em 23 de setembro de 1997, passamos ao conhecimento o RHs e demais negociadores de nossas empresas as orientações que devem nortear as negociações salariais deste ano com os metalúrgicos do ABC e demais sindicatos filiados à CUT, no Estado de são Paulo.

1) Quanto às pretensões salariais:
a) Oferecer apenas o possível e NUNCA ultrapassar o índice de 2%;
b) É aconselhável oferecer ZERO de reposição, tendo em vista a crise advinda do Plano Real (nunca citar o Plano Real nas reuniões);
c) Oferecer ZERO de produtividade, alegando os mesmos motivos acima;
d) Não conceder nada de produtividade para não abrir precedente indesejável ao restante do grupo.

2) Quanto às cláusulas sociais.
a) Este ano temos de fazer valer nossa decisão de cortar todas as cláusulas que onerem as empresas;
b) Portanto, logo na primeira reunião, deixar claro a nossa posição;
c) Todavia, fica a critério de cada empresa a concessão de benefícios;

3) Cláusulas que devem ser cortadas neste acordo:
- Adicional noturno
- Horas extras
- Desconto do DSR
- Garantia salarial na rescisão do Contrato de Trabalho
- Aproveitamento de deficiente físico
- Abono por aposentadoria
- Garantia ao empregado afastado do serviço por motivo de doença ou de acidente no trabalho

4) ATENÇÃO: Tendo em vista a fragilidade dos trabalhadores, com receio de perder seus empregos, os sindicatos não vão encontrar condições para uma possível greve. Portanto, é o momento de angariarmos sucesso nesta campanha salarial. Mas, em caso de paralisação generalizada, rediscutiremos nosso procedimento.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Como, então, nasceu o Estado?

O Estado nasce junto com a divisão da sociedade em classes[1]. Nas várias sociedades de classe, os proprietários, detentores do poder econômico, se apossam também do poder político.

Evidentemente, estas classes dominantes vão exercer o poder em benefício da sua classe. O poder político agora nasce de uma parcela da sociedade e é exercida em benefício desta parcela.

A função principal do Estado foi fazer prevalecer os interesses da parcela dominante sobre o conjunto da sociedade. Para isso, foi necessário que o Estado tivesse poder de coerção (polícia, forças armadas), a fim de assegurar estes interesses pela força, sempre que seja necessário.

O Estado foi criado como sendo uma instituição política, jurídica, administrativa e militar que tinha por objetivo dirigir o conjunto da sociedade, de acordo com os interesses da parcela economicamente dominante.

         A teoria política capitalista não define o Estado deste modo. Pelo contrário, ela diz que o Estado tem o objetivo de proteger o bem comum. Isto é uma definição abstrata, feita a partir do que se acha que o Estado deveria ser, e não da observação de como ele surgiu, do que ele historicamente foi e de certa forma continua sendo até hoje, embora os trabalhadores no Brasil e em outros países tenham conquistado parcelas significativas de poder.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A Estrutura do Sistema Capitalista. A estrutura de dominação.


Através do Estado, a classe dominante[1] montou um aparelho de coerção e de repressão social que lhe permite exercer o poder sobre toda a sociedade, fazendo-a submeter-se às regras políticas.

Um dos grandes instrumentos do Estado é o Direito, as leis estabelecidas regulam as relações sociais, as leis nos países capitalistas têm elementos fortes em proveito dos dominantes. Na nossa sociedade ainda acontece algo mais grave, a lei, na maioria dos casos, só consegue punir os mais fracos. Em muitos casos a lei é direito para o dominante e dever para o dominado.

A estrutura econômica é a base da superestrutura político- jurídica, por isso, os que detêm o poder econômico, têm em suas mãos grande parte do poder político. Sociedades muito desiguais, como a brasileira, espaços de poder são conquistados pelos trabalhadores.

A ideologia consiste precisamente na transformação das idéias da classe dominante em idéias dominantes para toda a sociedade como um todo, de modo que a classe que domina no plano material (econômico, social e político) também domina no plano ideológico (das idéias).

A Democracia se restringe apenas ao voto, não há mecanismos reais de controle e participação do Estado por parte da classe excluída. Os capitalistas buscam a privatização do estado para atender a seus interesses.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Estrutura do Sistema Capitalista.

         A estrutura do sistema capitalista[1] tem como base a economia sobre a qual se constroem a sociedade civil e política que é cimentada e acobertada pela ideologia, a qual permite e possibilita a convivência das duas classes básicas que são a Classe Trabalhadora e a Classe Capitalista.
Marx dizia que as condições materiais de existência determinam a consciência, ou seja, de maneira geral as pessoas da elite geralmente desejam manter o sistema como está, são chamados de conservadores.
         A Ideologia procura harmonizar o que é impossível de harmonizar: os interesses das duas classes que estão em posições antagônicas, ou seja, posições contrárias. Mas consegue esconder muito bem as diferenças, graças ao convencimento da grande maioria da classe trabalhadora de que este sistema é o melhor, ou de que o mundo é assim mesmo, que não precisa mudar.
A ideologia é o resultado da luta de classes e que tem por função esconder a existência dessa luta. Podemos acrescentar que o poder ou a eficácia da ideologia aumenta quanto maior for a sua capacidade para ocultar a origem da divisão social em classes e a luta de classes.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O Capitalismo

         O que é a mercadoria? [1] A mercadoria não é simplesmente uma coisa qualquer, mas é trabalho humano concentrado e em parte não pago.
Assim o capitalismo tem dois elementos essenciais: Capital e Trabalho, que estão em constante conflito. O Estado foi criado com a função do Estado de gerenciar e amenizar este conflito; sem, no entanto, mexer na estrutura de classes existentes.
Na visão tradicional é importante para o capitalista que haja uma sobra de oferta de mão de obra. Quer dizer, quanto maior fosse o desemprego, melhor seria para o capitalista.
Isto faz baixar o valor do salário, pois há uma concorrência na hora da oferta da mercadoria: força de trabalho; isto faz baixar o preço desta mercadoria força de trabalho. Assim se consegue mais lucro ainda às custas do desemprego. Afinal para o capitalismo o lucro é o objetivo primeiro e último. O lucro deve ser conseguido a todo e qualquer o custo.
Numa entrevista na rádio alguém comentou que não daria para reivindicar o aumento do preço do leite para os agricultores pois o preço era determinado pelo mercado. Assim as leis do mercado parecem imutáveis e fora de nosso alcance. Só que ele esqueceu de dizer que quem manda no mercado do leite são três grande empresas.
Quem é o mercado? Três empresas, dirigidas por pessoas. Portanto é possível aumentar o preço do leite para os produtores, pois conseguimos identificar quem é o mercado e as pessoas que mandam neste mercado. Fala-se do mercado como se fosse algo abstrato, inatingível, imutável, santo e divino. É a idolatria do mercado. O mercado virou deus.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Salário

         Salário é a quantidade de dinheiro[1] que o trabalhador recebe em troca do seu trabalho; mas este não é o equivalente ao valor de produtos (mercadorias) que ele produziu. O capitalismo trata o trabalho como mais uma mercadoria.

Acontece que somente o trabalho é capaz de gerar um valor superior àquele que foi necessário para sua produção. Esse valor a mais é chamado de lucro. A origem do capital, portanto, é o trabalho não pago que surge pelo não pagamento do trabalho excedente feito durante a produção da mercadoria.

Trabalho excedente é o trabalho feito, mas sobre o qual o trabalhador não recebe pagamento, é o tempo em que ele trabalha de graça. E este trabalho excedente é o lucro. O capital surge assim. Graças ao lucro. A mercadoria não é uma coisa, mas trabalho social, tempo de trabalho.

Não é qualquer tempo de trabalho, mas tempo de trabalho não pago, portanto a mercadoria oculta o fato de que há exploração econômica.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Capitalismo

         O capitalismo tem as suas próprias leis de funcionamento[1]. O alicerce do sistema é Propriedade Privada dos Meios de Produção e a Livre Iniciativa (concorrência).
Livre iniciativa significa a liberdade de produzir o que quiser e principalmente a liberdade que a classe capitalista tem de explorar a mão de obra da classe trabalhadora.
Assim temos também o Livre Contrato de Trabalho onde o trabalhador faz um contrato de trabalho com o patrão e concorda com o salário que irá receber. Se ele não concordar ficará desempregado.
Assim como o agricultor que é produtor de leite “concorda” com o preço que a indústria pagará para ele. Se não concorda ele não terá a quem vender o seu leite.
Os capitalistas sempre controlaram o aparato do Estado, poderes executivo, legislativo, judiciário e os demais setores de poder, e o jeito de pensar (a ideologia) do povo. Atualmente, um dos mais eficientes meios de dominação são os meios de comunicação social.  
Tudo isto para poder manter a sua exploração sobre a classe trabalhadora e a classe média. A classe trabalhadora só tem a sua força de trabalho. Esta força de trabalho ela tem que vender como mercadoria para a classe capitalista por um salário estipulado pela classe capitalista.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita a autoria

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Capitalismo

         Se olharmos de perto[1] o nosso mundo vemos que ele está agora organizado no assim chamado modelo Capitalista Neoliberal Globalizado.

Como funciona afinal o capitalismo?

Como as riquezas são geradas?

Como as pessoas são tornadas pobres?

Como a riqueza e a pobreza são geradas?

O que realmente cria riqueza, o que realmente gera valor é o trabalho humano, empregado na produção de objetos (de mercadorias). Esta mercadoria tem um duplo valor: o valor de uso e o valor de troca. Para o capitalista o que importa é o valor de troca. Produz-se a mercadoria para vendê-la.

A exploração acontece no processo produtivo, durante o trabalho. Em outras palavras, é o trabalho dos operários nas fábricas e nas empresas que funciona como fonte de todo lucro. O salário que o trabalhador recebe por uma jornada diária de trabalho, na verdade paga apenas uma parte do que ele produziu.

A outra parte da sua jornada de trabalho é destinada a produzir o lucro. Quanto mais mecanizada for a fábrica, ou seja quanto mais rápido o operário produz, em menos tempo de trabalho o empregado paga o seu salário.


[1] http://www.scribd.com/doc/32384371/Curso-Realidade-10- Encontros-de-1-Dia. No dia 17/01/2010. O site não cita o autor.