Como diz José Martins em[1] seu livro: Os Limites do Irracional[2]: “Nos últimos anos, tanto a valorização do capital quanto às crises cíclicas têm aumentado de intensidade.
A devastação neoliberal nada mais é do que a plena aplicação das leis que comandam o funcionamento da máquina capitalista globalizada.
O chamado neoliberalismo não é uma mera política da burguesia (capitalistas) ou a personificação de quem quer que seja. É o próprio movimento de alargamento da base de exploração e valorização do capital.
É a ampliação e aprofundamento das históricas leis do livre-mercado, quer dizer, da livre exploração das classes proprietárias sobre a classe trabalhadora nos mercados nacionais e da livre exploração imperialista das nações dominantes sobre as nações dominadas no mercado mundial.
A burguesia e seus colaboradores apenas se encarregam de garantir as reformalizações sociais e políticas para que a liberalização se realize o mais rapidamente possível. E isso não é uma tarefa muito fácil.
Ao contrário, essas reformalizações liberais são cada vez mais difíceis, na medida em que as expansões e os choques cíclicos também são mais intensos e, conseqüentemente, mais exigentes para mais uma retomada econômica.