sexta-feira, 11 de maio de 2012

O Estado moderno, qualquer que seja sua forma, é uma máquina essencialmente capitalista. (Crítica da visão clássica) [1]

Assim, chegamos à concepção de revolução socialista: “O Estado moderno, qualquer que seja sua forma, é uma máquina essencialmente capitalista, Estado dos capitalistas, o capitalista coletivo ideal.”

“De quanto mais forças produtivas ele se apropria, tanto mais se torna verdadeiro capitalista coletivo, tanto mais cidadãos ele explora. Os trabalhadores continuam assalariados, proletários. A relação capitalista não é superada, é antes levada ao extremo. Mas, no extremo, ela se inverte.”

“A propriedade estatal dos meios de produção não resolve o conflito, mas abriga em si a solução do conflito, a receita da solução”.

“A solução só pode estar no real reconhecimento da natureza social das forças produtivas modernas, no ajustamento do modo de produção, apropriação e troca ao caráter social dos meios de produção.”

“E isso só pode acontecer pela apropriação aberta e direta pela sociedade das forças produtivas, que superaram qualquer outra direção que não a sua. [...] Com este tratamento das forças produtivas de hoje de acordo com sua natureza finalmente reconhecida, aparece no lugar da anarquia da produção social uma regulação social planejada da produção, conforme as necessidades da coletividade assim como de cada indivíduo”.


[1] Paul Singer e João Machado, Série Socialismo em discussão, ECONOMIA SOCIALISTA, EDITORA FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO, 1a edição: junho de 2000, São Paulo.

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