quarta-feira, 30 de maio de 2012

O socialismo só poderia mostrar sua superioridade em relação ao capitalismo no campo do desenvolvimento das forças produtivas.. (Crítica da visão clássica) [1]

A economia centralmente planejada começou a entrar em crise quando a economia superou os efeitos da destruição bélica e a população passou a reclamar um padrão de vida semelhante ao do Primeiro Mundo, que a globalização das comunicações e do turismo trouxe aos lares dos países do “socialismo real”.

Na Europa Oriental, a economia planejada mostrou-se incapaz de produzir bens não-essenciais na quantidade e com a qualidade demandadas. Esse malogro repetiu-se em todos os países que adotaram o modelo e decorre de suas características essenciais.

Os planos gerais sempre se colocaram metas de crescimento extremamente ambiciosas, em primeiro lugar porque os países do “socialismo real” almejavam eliminar o mais depressa possível o atraso econômico que os separava dos países capitalistas mais adiantados.

E em segundo lugar porque o socialismo só poderia mostrar sua superioridade em relação ao capitalismo no campo do desenvolvimento das forças produtivas. Esta é, ao menos para os marxistas, a justificação histórica da revolução socialista.


[1] Paul Singer e João Machado, Série Socialismo em discussão, ECONOMIA SOCIALISTA, EDITORA FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO, 1a edição: junho de 2000, São Paulo.

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