Convém lembrar, no entanto, que a burguesia capitalista teve de enfrentar, praticamente desde o seu inicio, a resistência quando não insubordinação da outra classe − a classe operária − que também era filha da revolução capitalista.
"Um relato das disputas entre capital e trabalho oferece a melhor das ilustrações da evolução econômica que precedeu a vinda do sistema fabril. Estas lutas eram freqüentes e violentas antes que a maquinaria e as fábricas, e mesmo as "manufaturas", viessem a existir.
Tão logo os meios de produção deixaram de pertencer ao produtor e se forma uma classe de homens que compra trabalho de outra classe, uma oposição de interesses tem de se manifestar. O fato dominante, que não pode ser enfatizado demais, é o divórcio do produtor dos meios de produção.
A concentração de trabalhadores em fábricas e o crescimento de grandes centros industriais mais tarde deu a este fato vital todas suas conseqüências sociais e toda sua significação histórica. Mas o fato em si apareceu em uma data anterior e seus primeiros efeitos se fizeram sentir muito antes de ter alcançado maturidade como resultado da revolução técnica" (Mantoux, 1927, p. 74).
Nenhum comentário:
Postar um comentário