quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Durante o século XVII e primeira metade do século XVIII, a revolução capitalista avançou na Inglaterra bem mais do que no Continente. (Uma Utopia Militante - Repensando o Socialismo - Paul Singer).

         O mesmo efeito amplificador sobre o mercado interno devem ter tido as outras três razões oferecidas por Landes: o maior consumo de manufaturas devido ao padrão mais alto de vida e o menor custo da alimentação; a menor diferenciação social na Inglaterra, acarretando uma aproximação dos padrões de consumo das diferentes camadas sociais; e o elevado nível dos salários pagos na Inglaterra, muito acima dos do Continente.

         Em suma, durante o século XVII e primeira metade do século XVIII, a revolução capitalista avançou na Inglaterra bem mais do que no Continente, com a possível exceção da Holanda, onde aquela revolução começou antes. Mas, neste período, a Inglaterra travou sucessivas guerras contra espanhóis, holandeses e franceses para dominar o comércio intercontinental e sobrepujar seus rivais no terreno da produção. E o conseguiu.

         Os holandeses continuaram, no século XVII, dominando o transporte marítimo e a alta finança internacional, mas os ingleses assumiram a primazia no principal ramo manufatureiro da época, o de tecidos.

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