Evidentemente, os que passaram a se rebelar contra o regime dos monopólios não eram todos empresários capitalistas; junto a eles encontravam−se artesãos, mercadores, camponeses, terratenentes e trabalhadores assalariados e por conta própria.
Mas, a burguesia capitalista tinha uma vantagem decisiva sobre as demais forças oposicionistas. Ela possuía uma proposta que, em princípio, atendia os interesses de todos os contrariados. Era a proposta da livre competição, da liberdade de iniciativa, da retirada da intervenção estatal nos mercados, que deveriam se auto−organizar tendo por prioridade a defesa do interesse dos compradores (e não dos vendedores).
O liberalismo passou a ser a bandeira da burguesia capitalista a partir da publicação de A riqueza das Nações, de Adm Smith, em 1776. Nesta altura provavelmente ela já tinha conquistado considerável superioridade competitiva sobre a produção servil e artesanal.
Não estando sujeita às restrições da g u i l d a , as empresas manufatureiras capitalistas podiam explorar a fundo tanto as vantagens de escala (que se tornaram decisivas a partir da revolução industrial) como as vantagens decorrentes da especialização inter e intra−empresas.
As unidades organizadas nas corporações de oficio estavam proibidas de adotar inovações técnicas, pois estas induziriam a competição entre mestres. O que proporcionava uma vantagem competitiva adicional às manufaturas capitalistas, que evidentemente inovavam sem qualquer restrição.
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