É importante notar que o desenvolvimento do capitalismo, no período anterior à Revolução Burguesa, se apóia na exclusão social do modo de produção dominante.
Este pode ser caracterizado, sobretudo na Europa Ocidental, após o fim da servidão, como produção simples de mercadorias, dominada por oligarquias de mestres e mercadores, cuja riqueza tinha por fonte a exploração de monopólios.
A burguesia capitalista aproveitava as falhas na imposição do monopólio para competir secreta e ilegalmente, contando evidentemente com a cumplicidade interessada dos compradores e intermediários prejudicados pelo monopólio.
Portanto, não é que as forças produtivas se expandiram no seio do modo de produção servil (ou escravocrata, ou tributário) até que a continuidade de sua expansão exigiu a mudança do modo de produção.
Estes modos de produção já eram crescentemente mercantis, mas contrários à livre competição; os mercados eram organizados e dominados pelos vendedores, que de forma geral sabiam que a competição só lhes reduziria os ganhos.
Portanto, a regra geral era unir todos os vendedores em corporações e repartir entre eles o mercado e os lucros, excluindo competidores "externos", de fora do país, de fora da cidade ou simplesmente de fora da corporação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário