terça-feira, 14 de agosto de 2012

Em todos estes países, relações de produção capitalistas foram se expandindo paulatinamente, nos poros do modo de produção precedente. (Uma Utopia Militante - Repensando o Socialismo - Paul Singer).

         Processos semelhantes se verificam na França ao longo do século XVIII, culminando na Revolução Francesa e no império napoleônico; na Alemanha e na Itália, ao longo do século XIX, culminando na unificação nacional destes dois países.

         Nos Estados Unidos, a revolução capitalista recebe seu impulso inicial com a independência (1776) e culmina com a vitória da União na Guerra da Secessão (1864), a qual coincide no tempo com a abolição da servidão, na Rússia, e a Revolução Meiji, no Japão.

         Todos estes eventos políticos devem ser entendidos como Revoluções Burguesas, já que originaram mudanças institucionais indispensáveis ao avanço das relações de produção capitalistas nos diversos países.

         Mas, o que importa é o que se passou antes destas revoluções. Em todos estes países, relações de produção capitalistas foram se expandindo paulatinamente, nos poros do modo de produção precedente.

         No caso pioneiro da Inglaterra, esta expansão se alimentou da decadência do feudalismo. Servos que fugiam às cidades passavam a gozar da proteção que o "ar citadino" proporcionava, transformando−se em aprendizes de mestres artesãos ou em assalariados de
manufaturas.

         Ao mesmo tempo, mercadores forneciam fio a famílias camponesas para que o tecessem, no período de entressafra, em troca de paga monetária. O trabalho manufatureiro podia se especializar crescentemente, o que proporcionava seguidos aumentos de produtividade.

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