No caso da revolução capitalista, a seqüência proposta por Marx não pode ser deduzida dos eventos históricos com toda nitidez. Com o desaparecimento do Império Romano, a elaborada divisão internacional do trabalho que tinha o Mediterrâneo como meio de intercâmbio foi por água abaixo.
A Idade Média viveu, em conseqüência, um retrocesso das forças produtivas. A economia foi segmentada nos feudos quase auto−suficientes e o comércio foi drasticamente reduzido.
A nova ascensão das forças produtivas, que marca o fim da Idade Média, se deveu à ruptura da auto−suficiência feudal e o renascimento do comércio de longa distância, entre Ocidente e Oriente. O renascimento comercial implicou no crescimento das cidades, em cujo seio começou a se desenvolver uma nova classe social, a burguesia, constituída inicialmente por mercadores e cambistas.
Ressurgiu a divisão internacional do trabalho, que suscitou o desenvolvimento das forças produtivas tanto na agricultura quanto na manufatura. Mas, este desenvolvimento não se deu, como o esquema de Marx faria prever, no seio das relações sociais de produção servis.
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