No século XVIII, na Inglaterra, a produção já se dirigia predominantemente a mercados, tanto dos servos, arrendatários e artesãos mais ou menos independentes quanto de trabalhadores dependentes de mercadores ou manufatureiros capitalistas.
Mas, como vimos, estes mercados eram regulados pelas autoridades de modo a preservar interesses estabelecidos. Entre estes estavam o direito dos consumidores de obter produtos de qualidade a preços razoáveis, mas também o direito das várias categorias de produtores de preservar suas parcelas costumeiras do mercado.
A livre concorrência e a conseqüente ruína e eliminação dos produtores menos competitivos não era moralmente aceitável e nem politicamente viável. Por isso, a oposição às empresas capitalistas provinha tanto das g u i l d a s artesanais como dos trabalhadores que dependiam do capital para tomar parte na produção social.
No período que precedeu a revolução industrial, mesmo na Inglaterra, o modo de produção capitalista estava ainda pouco desenvolvido e tinha de enfrentar conflitos tanto com concorrentes quanto com uniões trabalhistas.
Convém notar que, no que se refere às uniões trabalhistas, o capital pôde contar quase sempre com o apoio do governo real e das autoridades locais. As uniões foram banidas por lei e fortemente reprimidas.
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