Devemos a Marx a teorização fundamental do conceito de revolução social, que ele expôs despretensiosamente no prefácio de Para a crítica da economia política: O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral. Não é a consciência dos homens que determina sua existência, mas, pelo contrário, é sua existência social que determina sua consciência.
A um certo nível de seu desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade entram em contradição com as relações de produção em vigor, ou − o que não passa de uma expressão jurídica das mesmas − com as relações de propriedade, no seio das quais elas se moviam até então.
De formas de desenvolvimento das forças produtivas, estas relações se transformam em grilhões das mesmas. Começa então uma época de revolução social (grifado por mim). Com a mudança da infra−estrutura econômica toda a imensa supra−estrutura se revoluciona mais rápida ou mais vagarosamente (Marx, 1859, p. 13).
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