quarta-feira, 13 de junho de 2012

A Revolução Russa extremou uma distinção que já havia entre duas concepções de socialismo. (Crítica da visão clássica) [1].

O socialismo como autogestão – A Revolução Russa extremou uma distinção que já havia entre duas concepções de socialismo, que até então conviviam nas mesmas organizações partidárias, sindicais e cooperativas.

Uma destas concepções, como vimos na segunda seção, via no socialismo o continuador do capitalismo, ao menos durante uma longa fase de transição para o comunismo.

Na União Soviética, essa concepção adquiriu caráter totalitário, ao ver no planejamento geral e na concentração do poder os princípios do socialismo.

A outra via no socialismo a ruptura com a ditadura do capital nas empresas e sua substituição pela gestão coletiva dos meios de produção exercida pelos produtores livremente associados.

A concepção autogestionária era herdeira de Owen, Fourier e outros socialistas utópicos do século XIX, que imaginavam a passagem para o socialismo mediante a construção de comunidades livres e igualitárias, cujo exemplo converteria a maioria a favor da nova sociedade.


[1] Paul Singer e João Machado, Série Socialismo em discussão, ECONOMIA SOCIALISTA, EDITORA FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO, 1a edição: junho de 2000, São Paulo.

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