segunda-feira, 18 de junho de 2012

Talvez seja hoje a mais importante experiência de socialismo autogestionário: o Complexo Cooperativo de Mondragón, no País Basco (Espanha). (Crítica da visão clássica) [1].

Talvez seja hoje a mais importante experiência de socialismo autogestionário: o Complexo Cooperativo de Mondragón, no País Basco (Espanha), fundado pelo padre José Maria Arizmendiarreta, a partir de uma escola profissional, em 1956. É formado hoje por mais de cem cooperativas, que se espalham pela Espanha e têm em conjunto mais de 40 mil membros.

As primeiras cooperativas de Mondragón eram industriais, mas logo em 1959 foi criada a Caja Laboral Popular, que se tornou um dos maiores bancos do país e é uma cooperativa de segundo grau, de propriedade das demais cooperativas do Complexo.

Mas, em todas as cooperativas de segundo grau de Mondragón – há várias dedicadas à pesquisa tecnológica, outra de seguro social etc. –, os trabalhadores e empregados são sócios da cooperativa também.

Em seu início, o trabalho assalariado no Complexo estava limitado a 10% do total e tinha caráter temporário, a diferença entre retirada máxima e mínima era de 4 para 1 e em cada cooperativa havia um Conselho Social que representava os trabalhadores na Junta de Governo, eleita por eles.

O Complexo Cooperativo de Mondragón funciona hoje como um grande conglomerado multinacional, em competição com os seus similares capitalistas.


[1] Paul Singer e João Machado, Série Socialismo em discussão, ECONOMIA SOCIALISTA, EDITORA FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO, 1a edição: junho de 2000, São Paulo.

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