A luta contra a pobreza e o desemprego mediante a constituição de cooperativas e outras formas associativas de produção, que põem em prática os princípios do cooperativismo – participação por igual na propriedade da empresa, um voto por cabeça, exercício democrático de controle etc. – é uma das mais importantes modalidades de luta pelo socialismo a partir da contradição central do capitalismo: a de marginalizar grande parte dos trabalhadores da produção social.
O governo de Olivio Dutra contratou a Anteag (Associação Nacional de Trabalhadores de Empresas de Autogestão e de Participação Acionária) para ajudar trabalhadores de empresas falidas ou em via de falência a se apoderar do patrimônio produtivo e passar a operá-lo de forma autogestionária.
Em poucos meses, dezenas de novas cooperativas de produção foram formadas. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) criou a Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS), que está dando apoio a sindicatos que se engajam nesta luta.
Um dos principais projetos da ADS é criar uma rede nacional de crédito cooperativo, formada por grande número de cooperativas de crédito, que criarão um grande banco cooperativo, capaz de financiar a capitalização de inúmeras cooperativas de produção.
[1] Paul Singer e João Machado, Série Socialismo em discussão, ECONOMIA SOCIALISTA, EDITORA FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO, 1a edição: junho de 2000, São Paulo.
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