segunda-feira, 30 de julho de 2012

O socialismo sem aspas terá de ser construído pela livre iniciativa dos trabalhadores (Uma Utopia Militante - Repensando o Socialismo - Paul Singer)

Este livro surgiu da preocupação de reconceituar a revolução social socialista e de reavaliar suas perspectivas e possibilidades, face às vicissitudes do capitalismo e do movimento operário nos anos finais do século e do milênio.
         A preocupação se origina do fracasso histórico da tentativa de alcançar − ou "construir" − o socialismo através da estatização dos meios de produção e da instituição do planejamento centralizado da economia.
         A experiência fracassada revitalizou a hipótese de que o socialismo, enquanto modo de produção, teria de ser desenvolvido ainda sob hegemonia do capitalismo, ou seja, como um modo de produção subordinado, integrando a formação social capitalista
O fracasso do "socialismo realmente existente" revelou que o socialismo sem aspas terá de ser construído pela livre iniciativa dos trabalhadores em competição e contraposição ao modo de produção capitalista dentro da mesma formação social.

2 comentários:

  1. Zé Maria.

    O socialismo enquanto meio de se alcançar o Estado de bem-estar social pretende ser a forma de atingir a igualdade entre as pessoas, através do agir com liberdade baseado na fraternidade. Porém hoje, vivemos numa sociedade 20/80: onde 80% da população trabalha para que apenas 20% da população mundial usufrua dos bens e serviços gerados pela tecnologia moderna. Uns vivem, enquanto muitos sobrevivem.
    O sistema capitalista está entrando num período de colapso: "homens ocos que governam um sistema oco em que o dinheiro domina tudo e o Estado difamado serve principalmente para preservar o status quo financeiro e custear as guerras do século XXI (Tariq Ali, Occupy, 2011). Nesse texto, ele comenta a desastrosa concentração de riqueza e renda proporcionada pelo Império neoliberal financista nos últimos 30 anos. Os países do centro esqueceram-se do trabalho como mola propulsora da economia. O alento é que os países periféricos trilham caminhos de prosperidade experimental.
    A criatividade humana não tem limites. Fala-se muito em inovação, mas precisamos inovar para substituir as velhas relações entre as pessoas baseadas no lucro exorbitante estimulado pela ganância. Temos a Economia Solidária como alternativa ao capitalismo selvagem.
    A economia solidária é um viés mais eficiente que a opção desenvolvimentista. Esta se baseia no crescimento econômico, que leva adiante os piores aspectos do sistema capitalista, causando danos sociais e ambientais irreparáveis. Aquela emerge como uma alternativa de organização produtiva de trabalhadores, realizada de forma coletiva, democrática e solidária. O objetivo da economia solidária não se restringe à dimensão econômica: ela procura constituir novas relações sociais, baseadas nos valores de solidariedade e cooperação, que favorecem a participação do cidadão na sociedade.
    Luiz Gonzaga dos Santos Vieira.

    Apoio para discussão:
    Tarik Ali, O espírito da época, Occupy, momentos de protestos que as rãs, 2011, Editora Boitempo; A esquerda mundial após 2011, idem; Economia Solidária no Governo da Bahia, Helbeth Oliva, Tatiana Araújo Reis, Ludmila Meira - Íntegra do texto, endereço eletrônico: http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/boletim_mercado_de_trabalho/mt39/07_ES2Helbeth_Tatiana_Ludmila.pdf.

    Luiz Gonzaga

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  2. Retificando:

    Apoio para discussão:
    Tarik Ali, O espírito da época, Occupy - movimentos de protesto que tomaram as ruas, 2011, Editora Boitempo; A esquerda mundial após 2011, Immanuel Wallerstein, Occupy, idem, 2011, Editora Boitempo; Economia Solidária no Governo da Bahia, Helbeth Oliva, Tatiana Araújo Reis, Ludmila Meira - Íntegra do texto, endereço eletrônico:
    http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/boletim_mercado_de_trabalho/mt39/07_ES2Helbeth_Tatiana_Ludmila.pdf.

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